Capítulo 5

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E mais uma vez andando até a porta do teatro, Olivia e Kit me acompanham lado a lado enquanto reclamo novamente dela, Gracie Abrams, aquela garota me tirava os nervos até quando não estava por perto, como ela conseguia fazer isso ? Como definiria ela? Seu jeito arrogante, sem disciplina, caráter e educação eram suas principais características.

E enquanto reclamo de como meu tempo no teatro está sendo irritante, Olivia e Kit se entre olham várias vezes enquanto caminhamos.

- Acho que alguém está se apaixonando- Olivia fala e Kit concorda.

- Eu ?!! - a olho.

- E é essa pessoa tem nome e sobrenome- Kit completa entrando na brincadeira de Olivia.

- Começa com Gracie -

- E termina com Abrams - Kit sorrir de canto.

- Ela e insuportável- falo tentando tirar aquela ideia da cabeça deles.

- Não me diga que você não a beijaria - Kit fala mais como uma afirmação do que como uma pergunta.

- Não -

- Vamos, Maia, até eu beijaria ela se ela não tivesse esse fama de bad girl - Olivia fala e eu a encaro.

- Você mudaria de ideia se tivesse que ficar num espaço e conviver com ela somente em por 1 minuto -

- Está com ciúmes, Mai- Kit fala parando em frente a porta do teatro.

- Eu, pela Gracie - rio - Nunca na minha vida eu iria beijar ela -

- Ninguém falou de você a beijá-la- Olivia fala olhando para sua unha bem feita para tentar não mostra um sorrisinho.

- Vocês me entenderam - faço um pausa - Além do mais, ela vai me ajudar a ficar com o Omar -

- Só milagre pra ela conseguir paquera alguém - Kit sussurra para Olivia mas consigo ouvir e dou um tapa em seu braço - Aí -

- Bem feito - Olivia fala.

Elevo as minhas sobrancelhas para Kit que me empurra levemente até a porta do teatro.

- Vai atrás da sua Bad girl, vai - quando já estou dentro me viro e mostro o dedo do meio para Kit que apenas me mandar ir logo para o palco.

Já descendo vejo Gracie usando fones de ouvido e sentada no chão apoiando suas costas em uma caixa enquanto lê um livro.

Se ela queria aumentar sua nota em artes, aquela não era a melhor maneira.

Vou descendo a escada dando um oi a todos até chegar em Gracie, paro em frente a mesma, se minha sombra não tivesse atrapalhado sua leitura não teria nem me notado.

- Porque você não está ajudando o pessoal com o cenário ? - a questiona sem excitar.

- Boa tarde, Julieta - ela fala fechando seu livro mas marcando a página com seu dedo e retirando seus fones.

- Julieta ? - a questiono sem entender.

- Você não vai fazer o papel de Julieta na peça ? - ela fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e apenas reviro os olhos.

- Você não me respondeu, por que você tá aí parada ? - ela apenas levanta após colocar seu livro de lado.

- Por que você não me dá um oi pelo menos ? -

- Oi - falo com deboche.

- Obrigada - ela eleva a sobrancelha um pouco - Agora respondendo sua pergunta. A professora não está aqui e eu não sei o que fazer - ela fala como se fosse uma criança de 6 anos.

- Bom, a Jully deve chegar daqui a pouco e você tem que está fazendo algo - pego o roteiro da peça e a entrego.

Ela me olha com certa duvida.

- Você vai me ajudar a ensaiar- falo tentando me acalmar mesmo sendo quase impossível com ela.

- Beleza - ela fala e folheia algumas páginas - Do início? - pergunta me encarando com seus olhos castanhos vibrantes, talvez aquilo fizesse muitas garotas e garotos caírem no babo dela mas eu não cairia tão fácil assim.

Enquanto ensaiamos ela não paravam de fretar comigo e as vezes, na verdade todas as vezes, eu me perdia nas minhas falas então peço uma pausa, ela pode ter percebido isso e após alguns minutos vem até mim.

- Algum problema ? - pergunta olhando nos meus olhos.

- O problema é você, e de eu ter que ser sua babá até a finalização do espetáculo- ela joga a cabeça um pouco pro lado mordendo seus lábios como se concordace comigo.

- Até parece que você não gosta de estar comigo falando deste jeito - ela me encara.

- E não gosto - a contrário.

- Duvido muito, quem não gosta de ficar com uma garota tão legal e sexs quanto eu ? - ela fala em um tão de deboche que fica engraçado e rio dela.

- Viu te fiz rir , você não detesta tanto assim- olho para longe e vejo Omar me encarando mando um oi com a mão e ele sorrir.

- Nós estamos nos ajudando- ela olha para mesma direção que eu.

- Se é esse o jeito que você flerta com as pessoas, você nunca irá conseguir ficar com ele -

- E por que a minha professora ainda não me ensinou nada -

- E claro que ensinei, você que não percebe -

- Quando isso ? -

- Eu estava gastando minha preciosa perfeição de flertagem com você e você não aprendeu nada ? - a encaro.

- Claro que não - ela fica balançando a cabeça de um lado para o outro procurando algo em algum lugar - Por que você não me mostra como é paquera alguém de verdade -

- Paquerando outra pessoa ? - ela pergunta com certa dúvida como se eu estivesse falado algo que dividiria seu cérebro ao meio se pensa- se de mais.

- Sim, além do mais por que você fica com essas suas gracinhas pra cima de mim ? - ela para de olhar para o longe e olha para mim.

Ela olha com atenção para cada ponto do meu rosto, como se estivesse procurando algo para não ter que dizer ou até pensando se aquele pergunta que fizera realmente fosse real.

Ela respira fundo antes de responder.

- Por que adoro o fato de você se fazer de difícil para mim mas fica totalmente sem jeito quando faço isso - ela fala contornando seu olhar entre minha boca e meus olhos.

Ela aproxima seu rosto do meu e sinto ele queimar.

- Isso não é verdade - a contrário e ela passa a língua rapidamente entre seus lábios para umedecilos e se afasta.

Ficamos um tempo em silêncio até ela se levantar e estender a mão para me ajudar a fazer o mesmo ato.

- Temos que treina mais um pouco suas fala, minha Julieta - ela sorrir.

E olho novamente naqueles seus olhos vibrantes que é o que mais chama a atenção em seu rosto, concerteza alguém cantaria 'Gorgeous da Taylor Swift' se a música fala- se de olhos castanhos ipnotizantes como os dela.

Pego em sua mão e ela me ajuda a levantar.

- Se eu sou a Julieta. Quem você seria ? - ela pensa um pouco antes de me responder.

- Acho que Páris ou Nanete se fosse uma versão sáfica-

- Como assim sáfica? -

- Você é eu faríamos um par perfeito, Maia -

- Então você não vai mais me chamar de Julieta ? -

- Claro que vou - ela se vira de costas para mim.

- Sua - e antes que eu termine ela já se afasta o suficiente para não ouvir meus xingamentos sobre a mesma.

Não há romeu aqui (Gracie Abrams×you)Onde histórias criam vida. Descubra agora