Aulas de Sedução - Clarena.

III.

A partir daqui as coisas vão começar a ficar mais interessantes.
Boa leitura, seguimores. 📕
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A gargalhada que escapou de minha garganta foi tão alta que chamou a atenção de quem passava por ali. Benjamin só poderia estar completamente louco e fora si. Que mulher em sua sã consciência pediria aulas de sedução para uma outra mulher? Ainda mais quando se tratava de alguém como a Senhorita Weinberg, ela de fato era tão arrogante que jamais, em hipótese alguma eu iria pedir a ajuda dela.

— Não irei pedir a ajuda daquela mulher! Você está ficando doido ou o que!?

— Eu estou te dando a solução para o seu
problema, e é assim que me agradece? - Levanta as mãos em rendição, fazendo sua pior atuação de dramatização.

— Você ta querendo piorar ainda mais o meu problema, isso sim.

— Não vejo desta maneira. Viu a forma como aquele seu noivo e os outros homens a olharam? Notou a maneira como ela se move e se comporta? E aquela voz? O corpo? A maneira como ela se veste?

— Ora, não sou cega Benjamin!

— Só que está agindo como uma. Quem melhor que aquela mulher poderia te ensinar a arte da sedução? E você ouviu o que sua mãe disse sobre ela.

— Ninguém sabe dizer se isso é verdade ou não. E além do mais isso não tem o menor cabimento. - Cruzo os braços a frente do meu corpo.

— E o que você vai fazer para aprender a despertar paixão em seu noivo? Pesquisar no google? - Ben debocha enquanto revira os olhos, ato que encaro como grosseria.

— Eu vou dar um jeito, só não pedirei a ajuda dela que obviamente iria rir da minha cara e ainda por cima me achar maluca.

— Clara? Benjamin? - Miriam chama por nós. - Venham!

Seguimos de volta para a tenda, Theo estava sentado em uma das cadeiras, limpando o rosto com uma toalha, sua expressão era de poucos amigos.

Ao olhar para pista vi Helena ao lado da morena. Como é mesmo o nome dela? Ah sim! Bia. As duas conversavam animadamente e riam com gosto de alguma piada contada pela morena, ela fazia caretas engraçadas o que fazia Weinberg rir e jogar a cabeça para trás, alguns homens as observavam. Fico me perguntando se algum dia eu conseguiria atingir esse tipo de magnetismo.

— Está analisando minha ideia? - Benjamin pergunta ao pé do meu ouvido, me fazendo ter um sobressalto de susto levando minha mão ao peito.

— O que? Claro que não! - Ele apenas ignora a minha reação exarcebada e se senta ao lado do meu irmão.

— Clara, senta aqui, ao meu lado. - Theo pede, apontando para o lugar vazio ao seu lado.

— Você está bem? - Pego a toalha de suas mãos e limpo seu rosto. Ele sorri agradecido.

— Estou melhor agora com seus cuidados. - Ele segura e beija minha mão. — Você é tão doce Clara, um verdadeiro anjo. - Houve um tempo em que esse elogio certamente me encheria de alegria, mas agora me incomoda, me sinto como uma criança de 10 anos que acabou de fazer algo certo e recebeu um elogio de um adulto.

— Obrigada querido.

[...]

Almoçamos no clube, a Senhorita Weinberg já havia ido embora, assim como sua amiga. Miriam voltou a citar os boatos que cercavam a vida de Helena, segundo seus informantes Helena era uma mulher de vida fácil, saia com homens ricos por quantias exorbitantes. Até que um dia conquistou um velho milionário que não tinha filhos e estava a beira da morte, o mesmo se encantou por ela e acabou deixando tudo que tinha para ela, que não perdeu tempo e investiu no mundo das corridas triplicando a fortuna que recebeu.