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Viver é um rasgar-se e remendar-se. — Guimarães Rosa


Sem saber o certo o que fazer, Alexandre a olhava com um olhar questionador tentando entender o que estava acontecendo e do que ela estava falando.

Mesmo sendo maior e mais velho do que ela, se sentia um menino tomando bronca da mãe, sem ao menos saber o porquê estava tomando bronca.

— Não estou entendo! Do que você tá falando, Giovanna? — disse com as sobrancelhas franzidas.

— Você finge ser bonzinho para depois mostrar quem você é de verdade. — falou ela ríspida meio entre os dentes.

— Calma, me fala...

— Não me pede para ficar calma!

Seu tom de voz se elevou um pouco, tanto que chamou atenção de umas cinco pessoas que estavam por perto, inclusive Otaviano que se aproximou.

— Está acontecendo alguma coisa aqui? — perguntou o homem que chegou numa forma de tranquilizar a situação.

— Sim!

— Não! — responderam juntos.

— Ok, vamos conversar todos num lugar mais tranquilo, pode ser? — Otaviano disse olhando um e depois o outro, recebendo um aceno de concordância de Alexandre. — Vamos!

Antonelli contrariada seguiu os dois, porque mesmo nervosa tinha consciência que estava no meio de um evento no meio de um corredor do maior museu do mundo.

A vontade dela era gritar, achando que seria a única forma que poderia extravasar naquele momento. Não acreditava que seu trabalho mais importante tinha sido definido como um "plágio". 

A raiva era tanta que ela nem se lembrava das críticas positivas que tinha recebido. Sentia raiva toda vez que lembrava da crítica e de quem tinha criticado.

Otaviano não sabia ao certo como se findaria a pequena discussão, mas para não gerar um alvoroço maior foi com ambos numa sala privada próxima ao corredor. Fez isso pois sabia que era o primeiro dia do evento e a conversa - ou seja lá o que fosse aquilo - não poderia atrapalhar o andamento da edição.

Percebeu uma certa alteração vindo da Giovanna e a indagação presente no rosto de Alexandre. A situação a priori poderia ser resolvida entre eles e Otaviano sabia e podia administrá-la bem.

— Você é a pior espécie de ser humano que existe. — assim que entrou na sala Giovanna começou a falar com o dedo em riste emanando todo ódio que sentia naquele momento sem esperar nem que Otaviano fechasse a porta.

— Ei, tá bom, o que tá acontecendo? — perguntou de novo, se colocando no meio dos dois.

— Eu não sei, Ota!

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