renaissance

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"Os olhos sempre dizem a verdade

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"Os olhos sempre dizem a verdade." - Nicholas Sparks.

Três dias se passaram depois do acontecimento com Alexandre e Giovanna. Três dias que ambos estavam no mesmo lugar e as palavras que trocaram foram estritamente profissional e em pouquíssimos momentos.

Alexandre tentava se aproximar para ver se ela precisava de ajuda com algo, se precisava de sua orientação. Enquanto Giovanna fazia de tudo para se manter longe e falava com ele aquilo que não poderia ou não conseguiria falar com os outros críticos.

O silêncio vindo da morena atormentava muito a Nero. Ele preferiria mil vezes que ela gritasse, berrasse, jogasse em sua cara tudo que ela queria falar, mas ela ficava em silêncio toda vez que estavam na mesma sala ou se encontrando no corredor.

Ele lhe dava "bom dia" e ela respondia secamente e sem ao menos olhar, como se estivesse respondendo por pura educação alguém que odiasse tanto.

Alexandre sabia que não tinha culpa por um resumo que não chegou em suas mãos, porém o voto de silêncio dela o deixava angustiado. Tanto que tinha anotado em sua mente que precisava conversar com Catherine sobre seu "ato falho".

No quarto dia, o evento estava mais tranquilo. Os orientadores, às vezes, ficavam até tarde com seus alunos para acertar alguma coisa - seja um passo na dança, uma estrofe de um poema ou canção ou numa história contada por meio da tinta.

Sendo assim, durante esses três últimos dias, mal teve tempo de respirar, pois de dois em dois minutos alguns dos nove orientandos o procuravam para tirar alguma dúvida, menos ela. E ele pararia tudo e deixaria de falar com qualquer um para designar sua atenção a ela, mas ela não vinha.

Recebia poucas e insuficientes informações de Indira, que está na turma e é amiga de Giovanna. Não sabia se Antonelli tinha comentado algo com ela, mas mesmo assim perguntava como se não quisesse nada.

Já se passavam das 22h e ainda estava no museu terminando de fazer alguns relatórios e orientações escritas para os artistas. No museu só estavam ele e os seguranças que já o conheciam.

Andando pelo corredor em direção a saída, ouviu uns ruídos de uma das salas. Se dirigiu até ela e antes que pudesse pôr a mão da maçaneta para abri-la, a porta se abriu, revelando a figura morena de estatura mediana que passa através dela.

Giovanna, que tinha atenção para o objeto que guardava na bolsa, só percebeu a figura do grisalho quando, sem querer, esbarrou nele.

- Você está aqui ainda? - perguntou Alexandre olhando para o relógio em seu pulso.

- Fiquei pra resolver algumas coisas que não estavam complicadas! - respondeu.

- Tá com algum problema com a arte? Se tiver pode me falar, to aqui pra isso. - disse, solidário e aberto a ajudá-la.

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