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Simone
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_Vamos garotão? Vamos lá_ peguei Henry da cama.

Meu filho tá crescendo rápido cada dia mais, parece que foi ontem o meu desespero de correr essa estrada pra ir segurar a mão de Soraya e ver o nascimento do meu menino.

Logo, logo ele estará completando seu primeiro aninho, eu e Soraya já até começamos a fazer alguns preparativos, de comprar o que vamos usar na festinha dele, alguns pedidos vão chegar amanhã.

_Enquanto sua mãe não vem, vamos tentar de novo_ fui com ele até seu quarto.

Comprei um tapete felpudo da cor azul, é bem grande, coloquei Henry sentadinho ao meu sentar também, mas logo ajudei ele a ficar em pé, eu o segurava, não deixando cair.

_Você consegue? Sei que você consegue meu filho, a mãe sisa está aqui_ ele sorriu.

Fiquei de joelhos, segurei ele por debaixo dos seus bracinhos, Henry deu um passo, deu outro, e quase cai, quase, porque eu estava segurando.

_Dois passinhos, vamos tentar de novo_ ele deu mais um e caiu, mas não se machucou.

_O que estão fazendo?_ Soraya apareceu na porta.

_Er... brincando, filhão?_ olhei pra Soraya, que semicerrou os olhos.

_Brincando de quê?_ se sentou ao nosso lado.

_De aprender a andar_ não iria mentir.

_Simone..._

_Ele precisa aprender amor, não surta_ falei besteira.

_Não estou surtando, é que ele ainda não tem um ano..._

_Desculpa amor, desculpa_ pedi.

_Não Simone, eu tô..._

_Desculpa mesmo Soraya, eu não queria te dizer isso_

_Está tudo bem, bom?_ beijou meu ombro.

Eu não queria ser agressiva como já fui com a Soraya novamente, não quero dizer à ela palavras que ela não deve ouvir.

_Eu estou pronta , vamos ?_ se levantou.

Quando Henry completou os oito meses, decidimos dar algumas voltinhas com ele de moto, as vezes Soraya que leva ele na garupa, outras vezes eu levo ele no suporte que comprei para levá-lo.

_Vamos filho, vamos passear e surpreender a mamãe hoje_ falei como um segredo pra ele.

Peguei o suporte e logo coloquei em mim, fui até o nosso quarto, peguei algo na minha gaveta, e coloquei no bolso da minha calça.

_Será que sua mãe..._

_Vamos amor?_ Soraya surgiu ali, ainda bem que ela não ouviu o que eu ia dizer.

_Vamos, vamos lá_ descemos as escadas.

Peguei a chave da moto e saímos de casa, me sentei primeiro, Soraya me ajudou a colocar o Henry para eu levar, ela se sentou também, e eu já dei partida.

A motoqueira da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora