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Soraya
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Eu e Simone temos nos conhecido muito bem, como diz ela, saber de algo que a pessoa quer, já é conhecê-la o bastante, e assim eu digo dela, Simone me contou que está quase terminando seu curso de administração, sua mãe pretende se aposentar num futuro não muito distante, e é a Simone que irá continuar cuidando dos negócios de sua mãe.

Simone me falou também que gosta muito de fazer comida, seu trabalho não é esse no restaurante da mãe, mas ela sempre gosta de estar ajudando na cozinha, pretende também ser uma grande chefe de cozinha, ela já até me chamou novamente para ir na cidade que ela mora, contou que faz questão de fazer um prato especial só pra mim, me senti muito privilegiada.

Já faz três semanas em que estamos assim, conversando todos os dias pelo celular, por mensagem de texto ou até mesmo ligações, em algumas dessas são de vídeos, ela ficou encantada com minha Lily, quer conhecer pessoalmente a minha gatinha, mas depois ela disse que isso é só uma desculpa para vir me ver novamente, ela já fez duas vezes isso, sua desculpa foi trazer a moto na oficina.

Meu pai até gostou da pessoa dela, comentou sobre a Simone durante o jantar de ontem, disse que já tem ela como uma cliente fiel, porque tem muitas oficinas antes de chegar aqui, na dele, mas ela prefere vir aqui, na oficina Hoffmann, é assim que se chama, igual a farmácia da minha tia que também tem o sobrenome deles.

Agora nesse exato momento, depois de fazer tudo o que eu tinha pra fazer, voltei ao desenho que comecei ontem antes de dormir, é um vestido novamente, só que esse, é um de noiva, enquanto eu assistia a novela ontem, vi a cena de um casamento, e isso me inspirou em desenhar um, mas parei novamente quando meu celular começou a vibrar sobre a mesa, era ela agora.

_Oi motoqueira_ eu comecei a chamá-la assim desde aquele dia na farmácia.

_Oi Sol, como você ?_ ainda não tínhamos nos falado hoje.

_ bem, adivinha o que estou fazendo?_ a ligação ficou muda, ela havia desligado.

Mas o que será que eu fiz de erra... me calei quando ela voltou a me ligar por vídeo, prontamente atendi.

_Um vestido de noiva? Se eu acertar vou querer um brinde por isso_ brincou.

Pelo ambiente, com algumas vozes no fundo, ela devia estar já no restaurante, e ainda sim arrumou um tempinho para me ligar, Simone é tão... incrível.

_Acertou... o que você vai querer de brinde então?_ entrei na brincadeira dela.

_ posso receber esse brinde quando eu estiver perto de você sabe? Assim de longe não dá_ só podia ser um abraço, não?

_O que seria? Um abraço?_

_Não Sol, eu quero um beijo_ falou e eu travei.

_Um beijo? Er... n-na boca Simone?_ jurava que agora eu me encontrava vermelha.

_ se você quiser, seria na bochecha, mas..._

_Eu achei que era na..._

_Você está vermelha Sol, não precisa ter vergonha princesa_

_Eu achei o seu pedido surpreendente_ ela começou a ri.

Por quê eu tenho que ser tão precipitada assim hein? Há vários lugares para se dá um beijo, como eu sou idiota.

A motoqueira da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora