(15)

1K 118 173
                                    

Um mês depois...

Soraya
_
_
_

Não, não pode ser, isso não tá acontecendo, não, não está... isso não podia estar acontecendo, não, não...

_Toma aqui essa água minha filha_ tia Gleisi apareceu na salinha que tem na farmácia.

Peguei o copo de suas mãos tremendo, quase que derrubo, tanto que ela mesma me deu a água, segurou o copo pra mim.

_Como está se sentindo?_ minha tia perguntou, enxugando minhas lágrimas.

_Péssima titia, me sinto péssima_

_Como foi pra isso acontecer minha filha? Vocês estavam indo tão bem_ ouvir isso novamente me fez chorar.

Chorei, chorei e chorei, minha tia me abraçou novamente, repetiu algumas vezes que as coisas iriam se resolver, que nós iríamos ficar bem.

_Veja, ela está ligando Soraya_ minha tia apontou para o meu celular.

_Eu não quero atender, não vou conseguir falar com ela tia_ falei chorosa.

_Ela vai acabar vindo aqui na cidade, você a conhece, atenda minha filha_ balancei a cabeça em negação.

_Não, eu não quero tia, eu não quero_ desabei em chorar mais uma vez.

Um barulho de moto me assustou, por um momento achei que era ela, titia foi ver, mas era apenas um cliente.

Ela decidiu fechar a farmácia e me levar em seu carro para a casa dela, chegamos e ela me levou para o seu próprio quarto.

_Vocês vão precisar conversar, sabe disso, não sabe Soraya?_ ela me olhou com carinho.

_Eu não quero tia, não agora_

_Soraya, você precisa, você sabe_ novamente meu celular tocou.

_Atenda pra mim tia, diz, er... que eu não bem_ pedi pra ela.

Elas conversaram, eu nem quis prestar muita atenção, minha tia tentou convencer Simone de não vim aqui, não sei se ela conseguiu, pois Simone desligou em sua cara.

Ficamos um tempo em silêncio no quarto, eu já tinha parado de chorar, pelo menos por enquanto, até que o tio Lindbergh chegou, minha tia saiu para ir falar com ele.

Meu celular vibrou, olhei pela barra de notificação e era algumas mensagens da Simone, perguntava por quê eu não queria falar com, o que ela havia feito e tudo mais.

Bloqueei a tela, passou dois minutos e vibrou de novo, olhei pela barra e era Simone, a sua última mensagem fez meu coração se acelerar, ela estava vindo aqui na cidade.

_Não Simone, eu não pronta pra falar com você_ falei sozinha, andando de um lado e pro outro.

Minha tia retornou ao quarto, contei pra ela de Simone, que ela estava vindo, ela tentou me acalmar.

_Pelo o que conheço, ela é capaz de ir até na casa do seu pai_

_Ela pode fazer isso mesmo... mas tia, eu não pronta_

A motoqueira da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora