Simone
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_Amor... corre aqui depressa_ ouvi Soraya me chamar.
Será que ela havia caído no banheiro? meu Deus, e se a bolsa estourou antes do tempo? dei um brinquedinho para Henry ficar entretido dentro do berço dele, e corri até ela.
_Que foi amor? a bolsa estourou?_ já cheguei perguntando.
_Não amor, desculpa se te assustei, er... olha uma coisa_ ela tirou a toalha do corpo.
_O que meu bem?_ difícil não olhar para a sua preciosa...
_Você não acha que minha barriga tá grande, amor?_ perguntou, alisando a mesma.
_Está mais crescidinha amor, já entrou no seu sétimo mês_ falei.
_Eu sei amor, mas... mas olha só, quando estive no sétimo mês do Henry, estava menor_ ficou de lado.
_Pode ser líquido, ou nossa filha vai ser grandinha_ disse.
_Ela parece mais pesada pra mim, amor, eu não sentia tudo isso com o Henry_ explicou.
_Você quer marcar uma consulta?_ ela me olhou pensativa.
_Sim, seria bom amor_ assenti.
Fiquei lhe olhando, ela me olhou, se olhou novamente no espelho, ela queria chorar, eu logo lhe abracei.
_Tô com medo, Simone_ sussurrou.
_Não é nada de mais amor, nossa filha e você estão bem_ acariciei seu cabelo.
_Cadê o Henry?_ perguntou chorosa.
_Está brincando... vem, vamos colocar uma roupa_ peguei a toalha e lhe enrolei.
Ela sentou na cama, baixou a cabeça, passou a mão na barriga, e então percebi ela ficar ofegante, e começar a chorar.
_Ei meu amor, olha pra mim, olha pra mim_ pedi.
Incentivei ela inspirar e expirar com calma, alisei sua coxa, segurei em seu rosto e com os polegares enxugava as lágrimas que derramava.
_Calma, eu tô aqui, tá tudo bem_ ela não conseguia manter os olhos nos meus.
_Ai Simone, me abraça amor_ fiquei mais preocupada ainda.
Sentei ao lado dela e a puxei para os meus braços, coloquei uma perna dobrada na cama, e a outra no chão, fiquei sentada melhor, e ela deitou a cabeça em meu peito.
_Mamãe... mamãe_ Henry conseguiu sair de seu berço.
_Henry, meu filho_ peguei ele e o coloquei na cama.
_Mamãe..._ por ver a Soraya chorar, ele começou a chorar.
Me ajeitei no meio da cama, apoiando a costa na cabeceira, Soraya se encolheu novamente em meu peito, e Henry veio pro meu colo, passei a mão em seu cabelinho, e carinhava a costa da Sol.
_Tá tudo bem, estou aqui_ sussurrei.
Henry carinhava a barriga da mãe, parou de chorar, pois Soraya já tinha parado também, até achei que ela havia dormido, mas escutei sua risadinha quando nosso filho beijou sua mão.
