(31)

775 95 44
                                    

Soraya
_
_
_

_Amor... ei Simone_ dei uma leve balançada em seu ombro.

_Simone, amor... ei vida_ a chamei de novo.

Ela não acordou, Henry chorava novamente, pela terceira vez nessa madrugada.

Eu me sentia muito cansada, fui nas duas vezes lá com ele, tava chamando Simone pra ir lá dessa vez pra mim.

_Amor... Simone, acorda amor, o Henry_ toquei nela.

_Humm, me deixa dormir Soraya_ resmungou.

_Vai ver ele pra mim amor, ei Simone_ ela nem ligou.

Tirei o lençol de cima de mim, o choro dele tava mais alto, levantei e fui até seu quarto, olhei no relógio, ia dar cinco da manhã.

_Oi filho, mamãe aqui, mamãe aqui_ peguei ele com cuidado.

Fiquei balançando ele um pouquinho, e ele não parou de chorar, me sentei na poltrona, e dei mama pra ele.

_Estava com tanta fome assim, meu filho?_ beijei sua cabeça.

Henry agora já tava com um mês, passamos a data dele lá na casa de dona Fairte, ela se apegou muito rápido ao neto.

_Você é tão lindo, filho... igual sua outra mãe, sabia?_ vi ele fechar os olhinhos.

Escutei a voz de Simone chamar o meu nome, não ia lá, estava dando mama para Henry, até perceber que ela devia tá sonhando, pois ouvir um gemido seu em seguida.

_Brilha, brilha, estrelinha..._ Henry abriu os olhos.

Ouvi mais um gemido de Simone, logo chamou por mim, depois escutei um barulho no quarto, ela havia acordado, e derrubou alguma coisa.

_Será que você vai ter a manchinha da sua mãe Simone?_ ele ainda tava muito novinho, não ia aparecer logo.

Novamente ele fechou os olhos, Henry tem a pequena mania de quando mama, segurar o meu dedo, acho tão fofinho isso.

_Sua fralda cheinha_ logo ele tirou o meu peito da boca.

Cobri, e levantei com ele, passei pelo quarto com Henry em meus braços, depois peguei uma nova fralda, algodão e uma pomada, recomendada pela médica.

_Vamos , meu bebê_ falei.

_Amor? Por quê não me chamou?_ Simone chegou perto do trocador.

_Eu te chamei, você pediu pra mim te deixar dormir, então não chamei mais_ ela baixou a cabeça.

_Desculpa amor, eu..._

_Por quê você tava gemendo?_ perguntei.

_Eu gemendo?_

_Uhrum, tava sonhando?_

_Não... eu..._

_Tava se masturbando?_ lhe olhei.

_O quê? Não Soraya, não..._

_Estava gemendo por quê?_ tirei a roupinha de Henry.

_Eu estava sonhando mesmo_ confessou.

A motoqueira da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora