Quartoze

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Malu

Exausta.

Essa é a palavra que me define.

Hoje meu horário de trabalho seria às 3 até as 8h da noite.

Tava indo no mercado comprar as coisas que minha tia pediu para mim.

Cheguei em casa hoje 8h da manhã, e expliquei minha tia o que aconteceu, e pedi desculpas por não avisar antes.

Caminhava na rua as 9h da manhã, com o sol batendo no meu rosto.

Meus olhos fixaram em uma menina, que não reconheci de primeira.

Vi seu corpo machucado, e o rosto sangrando me fazendo correr na sua direção.

Quando me agachei ali, pôde ver Giovanna ensangüentada.

Meu Deus!
Quem fez isso com a menina grávida ?

Malu: eii?! Não dorme fica comigo - bati no seu rosto, vendo os olhos dela fecharem. - SOCORRO!

Gritei, e logo vi um rapaz vir na minha direção.

Xxx: o que houve ? - perguntou, pegando a menina no colo.

Malu: não sei, achei ela jogada no beco ali desse jeito. Leva ela pra hospital, por favor!

O garoto colocou ela em um carro, e logo entrei colocando a cabeça dela no meu colo que tentava manter os olhos abertos.

Malu: vai ficar tudo bem, tá? Seja forte por você e esse bebezinho aí dentro - bati no rosto dela devagarinho.

Giovanna: eu não consigo mais.. - disse, e logo vi os olhos dela fechar.

Me bateu um desespero, e logo gritei pro garoto lerdo ir mais rápido.

Parecia uma tartaruga com esse carro.

[...]

já estávamos aqui fazia 1h e pouca, e nem avisei nada a ninguém.

Não tô com cabeça pra isso.

Não sei por que essa minha preocupação toda, é só uma conhecida.

Doutor: acompanhantes de.. Giovanna Ramos ? - levantei - Bom, ela está tomando soro agora. E ela e o bebê estão saudáveis, só mais um pouco e infelizmente ela não iria aguentar, e o bebê também.

Suspirei aliviada.

Malu: você sabe me dizer o que aconteceu com ela ? - perguntei.

Doutor: pelos os exames que fizemos ela parece que foi espancada, e tem até mais marcas no corpo dela todo, todo mesmo. - disse preocupado.

Malu: posso ver ela ? - assentiu.

Segui ele que me levou até o quarto e logo entrei.

Malu: Oi. - encarei ela, que fitava o teto.

Giovanna: Oi. - sorriu fraco

Malu: como você tá ? - sentei na poltrona, em frente a ela.

Giovanna: com dor, muita dor. - disse - olha, quero te agradecer por ter salvado minha vida e do meu bebê, de verdade mesmo.

Malu: que isso, imagina, nunca que te deixaria naquela situação. - sorriu - quer me contar o que que aconteceu ? Se não quiser também, tudo bem.

ela me encarou por uns segundos e logo suspirou.

Giovanna: acho que você já sabe que eu tenho uns problemas familiares, né ? - assenti - meu pai é viciado em drogas, e sempre chega e bate em mim pra descontar as coisas.
Minha mãe morreu, e ele bate em mim por lembrar dela, isso me dói tanto Malu, eu só queria receber amor dele como eu tinha..

Vi ela deixar uma lágrima cair, levantei e sentei na cama, abraçando ela que retribui-o.

Malu: não precisa continuar se quiser.. - negou.

Giovanna: mês passado eu sai pra esfriar minha cabeça e ficar longe dele, eu tava passando por um beco e fui puxada por um homem... - deixou mais lágrimas cair, e logo fungou - ele abusou de mim.. e me deixou lá, eu perdi minha virgindade com aquele cara que eu nem conhecia.. depois de uns dias eu descobri que tava grávida. O bebê é fruto de um abuso, no começo eu não queria o bebê mas eu pensei e ele não tem nada haver com isso.

Malu: olha.. eu nem sei o que falar, mas eu sei que você é forte, muito forte pra ter e cuidar dessa criança. Eu acredito que você vai conseguir superar isso. - abracei ela mais ainda.

Giovanna: e meu pai.. achou que eu tava dando por aí, descobriu que eu tava grávida e me expulsou de casa hoje, mas antes ele me bateu em casa e me jogou na rua, falando que eu não era mais filha dele. - chorou descontroladamente.

Malu: respira Gi, vai ficar tudo bem. - sorrir pequeno pra ela - vou vê o que consigo fazer por você.

fiquei fazendo um cafuné nela, até vê que a mesma tinha dormido.

Sai do quarto e fui pegar algo pra comer.

Giovanna Ramos
21 anos

Giovanna Ramos 21 anos

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