Quatorze

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– Boa noite – a cumprimentou assim que entrou no carro. Ele não havia aberto a porta como Wednesday fazia, mas ela reprimiu aquele pensamento com a mesma velocidade a qual ele havia vindo. Aquela noite não seria sobre ela.

– Oi de novo – riu, colocando o cinto – você não cansa de usar blazer e roupa social?

– É a única coisa no meu guarda roupas – riu, colocando o carro em movimento – é isso ou roupa de praia, que meus amigos dizem que eu fico parecendo um tiozão quando uso.

– Talvez você consiga achar um meio termo – pensou por um instante – nunca pensou em ser um tiozão formal?

Os dois gargalharam juntos e — por único mísero e maldito segundo — Enid jurou ver um brilho diferente nos olhos negros do homem no volante.
De repente, já estavam na frente de um pub. O mesmo que tinha encontrado Addams depois de derrubar a caixa em seu pé. Balançou a cabeça, torcendo para que conseguisse parar de pensar nela.
Viu Walker descer e aguardou alguns segundos, mas percebeu que ele não abriria sua porta. Suspirou e desceu do veículo.

The Mint não estava cheio, na verdade tinha meia dúzia de pessoas ali dentro e a atmosfera era menos caótica do que da última vez em que esteve ali.
O homem lentamente se aproximou, deixando que os ombros se encostassem, antes de passar a mão por sua cintura, coisa que ela não deixou passar despercebida.
A maneira como Lucas a tocava exalava dominância e luxúria, não parecia ser algo carinhoso e íntimo.

– Vai tomar o que? – ele perguntou com um sorriso presunçoso no rosto.

– Boa noite. Uma margarita, por favor – pediu educadamente ao bartender.

– Eu quero um uísque com gelo – disse ríspido – gelo de água de côco. Não demora, hein.

– Ei! – o repreendeu pelo tom usado – ele tá trabalhando, não precisa da sua grosseria.

– Certo, desculpa – se envergonhou.

Um silêncio constrangedor pairou entre os dois.
De repente, o homem se levantou, para atender o celular a deixando sozinha.

Enquanto esperava ele voltar, tomou alguns goles de sua bebida, olhando em volta do salão em busca de algo que a distraísse.
Foi então que reconheceu a jaqueta e os cabelos da silhueta que entrava naquele mesmo instante.

– Boa noite, como vai? – ela sorria para o jovem – estou bem também, obrigada.

Analisou seu perfil, dando um grande gole antes de se virar de costas, sem deixar de prestar atenção na conversa.

– Alguma recomendação de algo leve? – a ouviu dizer, rindo – não quero beber muito hoje, apenas o suficiente para dizer que bebi.

O atendente respondeu algo que ela não conseguiu ouvir.

– Vou confiar na sua escolha... – pelo tom, sabia que ela procurava o nome dele em algum tipo de crachá – Josh. Espero que me caia bem.

– Com toda a certeza vai – ouviu ele rir.

Algum tempo depois, ouviu o barulho de um copo sendo colocado no balcão.

Grazie – aquele sotaque a fez sorrir involuntariamente – tenha uma ótima noite de serviço e um bom descanso.

Do You Hear Me Calling? (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora