Trinta e Oito

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A manhã se esvaiu como a água de uma cachoeira, de maneira tão rápida que foi praticamente imperceptível. As mulheres apenas notaram que haviam gasto todo o dia ali, quando perceberam a falta da luz solar.
Em contrapartida, tudo estava devidamente arrumado, pronto para acomodar os novos — e antigos — funcionários do escritório. Tudo em seu devido lugar.

– Você ainda não viu minha sala, não é mon cher? – Wednesday abraçou sua garota por trás.

– Não – respondeu.

– Aqui, vem – entrelaçou os dedos e a puxou atrás de si.

– Aí, vocês duas! – Barclay gritou – nada de se comer dentro desse escritório, por favor! O trabalho acabou mas ainda estamos aqui!

– Bianca! – Sinclair a encarou com um rubor no rosto.

– Vá ver se eu estou na esquina, Barclay – a morena respondeu.

– Eu tô falando sério! – reiterou – não quero ouvir gemi-

– Por Deus, Bianca, já entendemos! – Liz a interrompeu com uma gargalhada alta.

As duas seguiram em completo silêncio até a porta do cômodo.

– Eu acho que você vai gostar – a menor disse baixinho.

– Mas é você que trabalha aqui, por que eu devia gostar? – riu.

– Eu- – franziu o cenho – hm.

– Vou levar isso como um “tudo que eu faço é pensando em você e esqueço de mim mesma as vezes” – fez aspas com as mãos – honestamente, não é ruim, mas você precisa lembrar que você também deve gostar.

– Certo – assentiu, alcançando a maçaneta e abrindo a porta – voilà.

A loira observou o espaço, escaneando minuciosamente cada cantinho, antes de andar até a porta da sacada e a abrir com cuidado.
Observou a rua não tão distante e o horizonte — coberto por um prédio ou outro que atrapalhava a visão — e sorriu. Realmente era bonito.

– É bonito mesmo – disse, sentindo os braços de sua amada envolverem sua cintura – você vai trabalhar com uma vista e tanto.

– Trabalharia melhor se a paisagem fosse você – beijou o ombro alheio – o que acha de ir para Ventura comigo?

– Quando?

– Hoje – apoiou seu queixo na curva do pescoço da maior – quero contar aos meus pais que estamos juntas pessoalmente. Eles merecem saber depois que eu passei literalmente horas falando sobre você.

– Não vai ficar muito tarde? – se virou para encarar a mais bonita constelação visível naquela noite: as sardas salpicadas pelo rosto da latina.

– Não – fechou os olhos ao sentir o carinho em seu rosto – o que me diz, hm?

– Por mim tudo bem – beijou a ponta de seu nariz – voltamos hoje ou amanhã?

– Provavelmente amanhã, eles vão insistir para nós dormirmos lá – riu.

– Vamos pegar as roupas, então – sorriu.

– Não precisa. Tenho algumas roupas lá e você pode usar elas – beijou a testa da maior – você vai ficar linda com a minha blusa do Nirvana. Na verdade, já sei qual eu vou dar pra você usar.

– Qual?

– O meu moletom favorito – roubou um beijo – assim, a minha namorada favorita vai estar usando a minha roupa favorita, da minha cor favorita.

Do You Hear Me Calling? (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora