Três

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Solto mais capítulos no fim de semana, considerem isso um mimo pra alegrar a semana de vocês ;)
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Obrigada por ler <3

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Já era mais de uma hora da tarde quando finalmente parou para o almoço rápido, antes de começar o trabalho pesado.
Havia pedido uma marmita e a devorou mais rápido que o normal, como preparação para a tarde que teria.

– Liz, vou ir limpar e tirar as coisas do quarto – parou na frente da mesa de sua secretária – se precisar de alguma coisa, sabe onde eu vou estar.

– Precisa de ajuda? – ergueu os olhos para encarar sua chefe – já resolvi tudo o que tinha pra resolver. Tô só matando tempo.

– Não é muita coisa lá, eu dou conta – sorriu – mas obrigada. Inclusive, avise o pessoal que a comemoração no The Mint vai ser adiada. Sei que eu não vou estar em condições de sair depois de arrumar tudo.

– Okay.

Saiu e se dirigiu até o quarto.
O lugar que havia comprado, era uma casa antiga.
A recepção era o hall de entrada, que teve uma das paredes derrubadas para montar o balcão e colocar os sofás para espera.
Dois quartos eram as salas de trabalho, um a sala de Wednesday e o quarto vago seria o novo setor. Tudo era muito bem decorado, sendo um misto perfeito entre modernidade e antiguidade.

Quando abriu a porta e acendeu a luz, viu que teria muito mais trabalho do que o imaginado.
Caixas e mais caixas de papel estavam ali, junto com armários de metal velhos e enferrujados, mesas de madeira já desgastadas e quebradas, cadeiras de escritório velhas e muita, mas muita poeira.
Seu primeiro instinto foi abrir a janela e começar a analisar os papéis.

– Liz, na minha sala, por favor – passou pela mesa da mulher carregando duas caixas.

Sem hesitar, ela a acompanhou.

– Tem mais algumas caixas com papéis lá, preciso que dê uma olhada pra saber o que é útil e o que não é – bateu as mãos, se livrando da poeira – vou trazer o restante. Acha que consegue resolver isso pra mim, por favor?

– Claro! – sorriu – eu coloco o que for importante onde?

– Pode fazer uma pilha e deixar na poltrona ali no canto – apontou para o móvel em sua sala – depois eu vejo como vou guardar. Grazie.

Saiu, indo novamente na direção do que seria sua tarde toda.
Levou mais três caixas e então a parte mais difícil começou.
Nem mesmo com as mangas dobradas tinha mobilidade o suficiente para trabalhar, então se lembrou que havia deixado uma de suas regatas em seu armário.
Foi até lá, pegou a blusa e se trocou.

– O que? – ouviu a gargalhada de sua secretária ao vê-la.

– Tá sujo – apontou para a blusa.

– Onde? – começou a procurar pela mancha.

– Aqui – se aproximou e encostou a ponta do dedo no lugar – parece café. Derramou uma chaleira nessa blusa?

– Tá muito ruim? – perguntou derrotada – eu só não quero sujar ou rasgar o uniforme mexendo com as coisas todas empoeiradas.

– Dá pra trabalhar assim – começou a rir – mas vai parecer que alguém derramou uns trinta copos de café em você.

– Pelo menos não parece outra coisa – riu – obrigada por avisar. Vou voltar ao trabalho.

Passou pelo corredor, sentindo o olhar de Tori queimar por todo seu corpo.
Raramente ia trabalhar com outra roupa além do uniforme, mas quando acontecia algo assim, podia sentir os olhares que atraía sobre si.
Tinha plena consciência de que sua pele bronzeada, suas curvas bem definidas e seus músculos bem distribuídos eram algo aparente e invejável para algumas pessoas, mas nunca havia se acostumado com os olhares que recebia.

Do You Hear Me Calling? (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora