Dezoito

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O dia passou como um sopro.
Quando se deu conta, já estava na hora de fechar o escritório novamente, encerrando mais um expediente.
Wednesday ponderou por alguns instantes antes de sair, tomando a decisão que julgou ser a certa.

Deixou seu local de trabalho e foi diretamente para casa. Tomou um banho, se vestiu, pegou as chaves do carro e seguiu na estrada até Ventura, deixando o rádio fazer a trilha sonora de sua viagem.
Passava pela placa de boas vindas da cidade, quando seu celular tocou.

Ei, Addams – era uma voz conhecida – tá ocupada ou tem um espaço vago pra mim nessa sua agenda de mulher atarefada?

– Boa noite, Enid – sorriu – hoje infelizmente não tenho um espaço vago. Acabei de entrar em Ventura, vim ver meus pais.

Certo – houve uma pequena pausa – bom, se chegar cedo me avisa. Qualquer coisa deixo esse convite pra amanhã.

Prometo avisar dessa vez – assentiu mesmo que a outra não pudesse ver.

Espero que esteja tudo bem com seus pais. Boa sorte no que for fazer – outra pausa – não esquece de me avisar, okay? Até depois. Dirija com cuidado na volta.

– Grazie, Enid. Nos falamos depois.

Assim que encerrou a chamada, estacionou na frente da casa.
Era um contraste para o bairro tão moderno e minimalista ter uma casa com tantos detalhes rústicos e antigos. Os portões eram decorados com pequenos adornos vitorianos e a cerca viva parecia de mentira de tão bem cuidada.
Espalhadas pelo jardim haviam pequenas estátuas de diferentes tamanhos e formatos, junto com pequenas fontes e roseiras com os botões cortados nos canteiros.
Tudo era muito bem cuidado e um tanto assustador para quem não fosse acostumado com a decoração. Para a latina, aquilo era a mais pura e perfeita definição de casa.
A construção imponente no meio do terreno era motivo de superstições idiotas de assombrações e corpos enterrados pelo espaço e por entre as paredes.
Assim que desceu e parou no portão, não precisou sequer chamar por alguém.
Morticia estava há alguns metros, cortando os botões de rosas e os colocando em um cesto.

Mamá? – a chamou.

Nes? – deixou a tesoura cair no mesmo instante em que reconheceu a voz – Nes, amore mio! Não sabia que viria hoje!

– Nem eu sabia – riu, ao ver a mulher abrir o portão de forma apressada antes de tomar seu corpo em um abraço apertado – oi, mãe. Como tem passado?

– Com saudades, mia tempesta – beijou o topo da cabeça alheia – vamos, entre. Seu pai está no escritório.

– Onde está o feioso? – caminhou ao lado da maior.

– Ele vem no sábado – sorriu – seu pai disse que viria na sexta feira como sempre, imagino que tenha um motivo para o adiantamento da visita.

– Sim – assentiu – realmente tem. Mas quero saber sobre vocês primeiro. Me deixe matar a saudade antes de conversar.

– Sempre – apertou seu ombro de forma carinhosa.

Do You Hear Me Calling? (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora