Vinte e Quatro

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Gostaria de avisar que é minha primeira vez escrevendo algo do tipo e, já que vocês pediam bastante nas outras fics, superei minha vergonha pra escrever isso. Espero que gostem da narração ;)
Não se esqueçam de votar e comentar!
Obrigada por ler <3

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– Quer entrar primeiro? Posso esperar você estar coberta pela espuma – acenou na direção da banheira – se quiser, também posso esperar do lado de fora. O que for necessário pra que você se sinta bem.

– Não precisa – sorriu.

– Okay. Vou tirar meus sapatos e já volto, tudo bem? – a abraçou carinhosamente – lembre-se que o seu bem estar é a prioridade aqui, certo? O que me importa é o seu conforto.

– Obrigada, Willa – beijou sua bochecha – vai lá, eu vou entrando enquanto isso.

Saiu do banheiro, indo em direção ao pequeno espaço designado para seus sapatos, retirando o que calçava com alívio notável.
Ouviu seu celular tocar novamente e se aproximou.

– Oi mamãe – atendeu – está tudo bem?

Nes, amore mio – sua voz era sonolenta – muito ocupada?

Estou com Enid – explicou – aconteceu alguma coisa com você ou com o papai?

Não, querida. Está tudo sobre controle – a tranquilizou – liguei apenas para perguntar se estava tudo bem. Sabe como é o pressentimento da sua mãe, uma vez que sinto-

Não paro de pensar – completou a frase – mas está tudo perfeitamente bem. Não há com o que se preocupar.

Neste caso, boa noite, querida. Mande um beijo a Enid por mim – bocejou – diga a ela para não demorar a vir nos conhecer.

Eu irei repassar o recado – riu – tchau, mamãe. Dê um beijo no papai por mim, amo vocês.

Também te amamos, mia tempesta – desligou.

Recostou o aparelho de volta no lugar onde estava e viu pela tela de notificações diversas mensagens do mesmo número desconhecido que havia a ligado durante quase a noite toda. Ao todo, somavam mais de cinquenta.
Passou a mão pelos cabelos, voltando ao banheiro sem pensar muito. Essa noite não se lembraria de Tyler, ela não poderia se dar esse luxo.

– Posso entrar? – deixou duas batidas gentis sobre a madeira da porta.

– Pode sim – uma voz abafada a respondeu.

– Tudo bem, estou entrando.

Fechou a porta atrás de si, sentindo o rubor em seu rosto se espalhar em pura vergonha e timidez. Já tinha feito a mesma coisa tantas vezes com outras pessoas, mas agora uma pontinha de insegurança começava a falar mais alto.
Se despiu sob o olhar atento da loira, sentindo a forma como os olhos alheios não eram repletos do desejo egoísta para com seu corpo, mas sim de uma admiração simples e genuína.

Dobrou as peças, as deixando em cima do pequeno balcão e então finalmente entrou na água.
Estava quentinha e o sal de banho escolhido, ajudava no relaxamento, assim como a atmosfera criada com as velas e luzes apagadas.
Assim que sentiu seu corpo ser envolto pelo líquido, acomodou Sinclair em seus braços, a puxando para si com cuidado, plantando um beijo no topo da cabeça alheia.

– Você está nervosa – analisou as mãos levemente trêmulas da maior – não precisamos fazer isso se você não quiser, sabe disso, certo?

– Eu sei – assentiu – mas acho que é normal. Não é um nervoso ruim, só é estranho. Nunca fiz isso então não sei como agir ou o que falar. Não sei nem do que eu gosto ou do que não gosto.

Do You Hear Me Calling? (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora