A dependência de um alfa para com seu ômega vem quando se tem um filhote a espera, o instinto protetivo estrapola limites sem que o alfa perceba.
Apesar de seco e distante como todos dizem, Sabito nunca viu seu alfa tão afeiçoado a si, o moreno estava agarrado a sua cintura, com a cabeça pousada pouco acima de seu ventre, ressonando baixinho enquanto o ômega acariciava os fios negros.O hout do alfa foi tranquilo, Sabito usou bloqueadores de cheiro para ajudar seu noivo no alto controle de não ataca-lo, deu-lhe sedativos para que dormisse e o alimentava na cama, já que este não podia ficar muito tempo acordado, o risco de atacar seu ômega pelo cheiro doce e convidativo da gestação era alto.
O moreno se moveu um pouco, esfregando o rosto na barriga do ômega que sorriu beijando o topo de sua cabeça, voltou a atenção para o celular onde observava fotos de quartos de bebê no Pinterest, se perguntando se seu filhote é menino ou menina, ômega ou alfa.
Sabito sentia seu filhote agitado em sua barriga, passou a mão pela lateral dando uma leve apertada na intenção de faze-lo parar, mas nada. Sentia seu estômago ser esmagado, sua bexiga chutada constantemente e suas costelas empurradas.
- Ahnn - gemeu baixo e o alfa abriu os olhos esfregando seu rosto no mesmo local novamente, estava lerdo por conta do sono, mas sentiu uma leve movimentação em sua bochecha, imaginando ser o ômega...
- Eu estava te apertando?
- Não, o filhote não para - apertou novamente a lateral da barriga e sentiu seu pulso ser segurado com carinho pelo moreno que encostou mais o rosto no ventre do rosado, logo erguendo os olhos brilhantes enquanto Sabito sentia uma euforia de dar frio na barriga ser passada pela marca - o que foi?
- Eu tô sentindo - encostou o nariz na barriga farejando seu filhote e espalmou a mão ali sentindo os tremores sutis - Oi - sussurrou encostando o ouvido ali - oi filhote - Sabito sorriu e acariciou os fios negros.
Perderam a noção do tempo, na verdade Giyuu perdeu, era a primeira vez que sentia seu filhote se mexer, fez Sabito se deitar de barriga para cima e ficou deitado entre as pernas do ômega com a cabeça sobre o ventre, conversando com o pequeno filhote.
O celular apitou tirando o casal de seu pequeno mundinho, ambos se levantaram animados e foram se trocar rápido, ainda com roupas de frio, porém agora mais leves, afinal a neve derreteu e o calorzinho da primavera já se aproximava.
[...]
- E então, como foi o mês? - a obstetra entrou na sala de ultrassom sendo seguida por uma enfermeira - pela cara do papai alfa parece que foi muito bom.
- Foi ótimo - Sabito respondeu com um sorriso já deitado na maca, ergueu sua blusa e Giyuu apenas observava tudo bem atento.
- Vamos lá papai alfa, eu sei que você está super protetor, mas temos que ver o filhotinho - se aproximou com cautela do omega e despejou o líquido gelado ali, Sabito segurou a mão do alfa lhe passando calmaria, já que o moreno ficava alarmado com tudo a sua volta - primeiro vamos ver como está o coraçãozinho - posicionou o aparelho apertando levemente o ventre, ato que incomodou Giyuu, mas se manteve calado, sorriu minimamente quando ouviu as batidas fortes e ritmadas de seu filhote, os batimentos cardíacos pareciam estar em sincronia com o seu próprio - muito bem, está ótimo - afastou o aparelho e pegou outro já posicionando - olha ele aí - na tela já era possível ver a silhueta pequena do bebê em formação.
- Ele cresceu tanto - comentou Sabito atento a tela do monitor.
- Sim, cresceu bastante, já está com trinta e dois centímetros e... Hmm - moveu um pouco o instrumento - tem aproximadamente seiscentas gramas e está bem agitado hoje - dizia visto que o filhote não parava quieto - está difícil medir o fêmur assim bebê - falou mais para si mesma do que para as pessoas na sala - Hm, é, isso mesmo, trinta e dois centímetros - sorriu ao confirmar após conseguir medir o fêmur - ah, olha só o que eu consegui ver hoje, estamos tentando desde o mês passado!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Sol (RenTan GiyuuSabi ABO)
FanfictionAme-o. Proteja-o. Ele é seu ômega! Ninguém chega perto sem permissão. Ninguém sente seu cheiro. Ninguém o toca sem permissão. Ninguém tem seu olhar.