Meu Sol (RenTan GiyuuSabi ABO)

Aceitação

- Filho, você precisa deixar as crianças verem o filhote. - Tanjiro que estava deitado de costas para a porta acariciando os fios negros do pequeno bebê se virou vagarosamente.

- Mas Kaa-san, ele ainda é muito pequeno, Tomioka-san confiou a mim pra cuidar dele.

- A você e ao seu alfa - Kie cruzou os braços - foi horrível o que aconteceu, eu sei, mas precisam se resolver.

Tanjiro voltou a se deitar de costas ignorando sua mãe, a mulher suspirou e saiu.

Faziam apenas três dias que
Tanjiro e Hiro saíram do hospital, o ômega preferiu ficar na casa de seus pais, ainda mais depois de descobrir a situação de seu pai que continuava vivo contradizendo os médicos que viviam falando "ele não passa dessa noite", Tanjiro sorriu ao saber que seu pai é forte.

- Onii-chan, posso entrar? - Nezuko se escorou na porta receosa.

- Pode - sussurrou - Tomioka-san está aqui de novo? - perguntou farejando o ar.

O ômega já estava até se sentindo familiarizado com o cheiro do alfa, já que todos os dias ele aparecia com alguma quantia de dinheiro como desculpa para visitar a família Kamado que abrigou seu filho.

Tanjiro suspirou e se levantou bem devagar para não acordar o bebê.

- Cuide dele por favor - pediu a irmã que se sentou na cama assentindo com a cabeça.

Tanjiro passou as mãos pelo cabelo empurrando-os fios para trás e suspirou enquanto descia as escadas já podendo ver o alfa moreno com um semblante triste.

- Você veio vê-lo? - perguntou meio sem paciência de braços cruzados.

- N-Nao eu só trouxe dinhei... - o ruivo bateu na mão do alfa e as notas voaram se espalharam pelo chão.

- Eu já falei que não quero seu dinheiro! Hiro precisa do pai, e não de dinheiro! Precisa de um alfa! - falava entre rosnados.

Tomioka ia falar algo, mas então ouviram o choro do filhote, foi a primeira vez que Tomioka ouviu seu filho chorar fora daquela sala corurgica aterrorizante, isso o fez dar um passo para trás e o ruivo apenas correu escada acima, vendo o filhote nos braços de Nezuko que tentava acalma-lo.

- O que houve? - pegou o filhote o colocando de frente ao seu peito, com o rostinho perto de suas glândulas de feromonios que emanavam tranquilizantes.

- Ele acordou assustado e chorando.

- É o cheiro do Tomioka. - Tanjiro rosnou se balançando de um lado para o outro, mesmo que o bebê já tivesse parado de chorar - ele continua vindo e vindo e vindo e isso só deixa o Hiro mais confuso do que já esta, é apenas um filhote e já passa por tanta coisa - por fim Tanjiro se sentou com os olhos focados no chão.

- E o Kyojuro? - perguntou receosa, já que seu irmão era evasivo nesse assunto.

- Eu... Eu disse coisas horríveis a ele - virou o rosto para esconder a vontade de chorar.

- Vocês precisam conversar e se acertar onii-chan, pelo bem do próprio Hiro.

- Eu nem sei com que cara olhar pra ele Nezuko, as coisas que eu falei... Eu senti ele despedaçado, senti a tristeza dele junta da minha com a perda do meu filhote - apertou mais o Hiro - e mesmo assim eu o condenei.

- É, mas ele é seu alfa, ele te marcou e teve um imprinting com você, precisam se acertar - Nezuko falava num tom estranhamente despreocupado mexendo no celular.