11 - Baile beneficente

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🖇 | Boa leitura!

Acordei na manhã de domingo um pouco tarde e quando desci, Henrietta me avisou de que o meu pai já havia tomado café da manhã e estava no escritório trabalhando

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Acordei na manhã de domingo um pouco tarde e quando desci, Henrietta me avisou de que o meu pai já havia tomado café da manhã e estava no escritório trabalhando. Aquilo me trouxe um péssimo déjà vu de quando eu era criança e ele estava sempre enfiado naquele cômodo preocupando-se apenas em cuidar dos negócios. A ideia de ele passar o tempo dele naquela casa dessa mesma maneira não me agradava em nada.

Liguei para o Vinnie porque ainda queria contar sobre isso. Ele não atendeu a primeira chamada, então eu insisti e liguei de novo. Demorou, mas dessa vez ele atendeu.

Oi, Isadora.

— Oi. Atrapalho?

Não.

— Desculpe ligar no domingo, é que você precisa mesmo saber disso.

O que aconteceu?

— O meu pai está aqui. Sim, do nada, quando eu já nem o esperava mais.

E isso não é bom?

— Deveria. Eu queria vê-lo, estava morrendo de saudades. Mas sinto que ele está estranho.

De que maneira?

— Está atencioso demais, não paramos de falar sobre mim ontem no jantar e olha que eu até perguntei sobre a vida dele e tentei não centralizar o assunto em mim. Você sabe que eu sempre amo quando as pessoas querem falar sobre mim, mas ontem ele queria demais.

Não existe a possibilidade de que ele também esteja com saudades e que por isso preferiu se concentrar em você?

— Talvez. Não é típico dele sentir a minha falta. — suspirei.

Pergunte a ele se tem algo de errado acontecendo. Não vai descobrir nada tentando deduzir sozinha.

— E se ele não me disser?

Aí cabe a você acreditar ou não no seu pai. Mas você sempre quis que ele fosse melhor, então se ele disser que está tudo bem, apenas aproveite sem encher a sua cabeça de dúvidas. Você não precisa desconfiar de tudo.

— Ok. Farei isso. Obrigada mais uma vez, Vinnie.

Imagina. Tenha um bom dia, Isadora.

Finalizei a ligação e fui direto para o escritório. Coloquei a mão na maçaneta me preparando para entrar, mas parei quando ouvi o meu pai conversar de maneira aborrecida com alguém ao telefone.

— Já disse que não me importo com que meios você vai usar para fazer isso, apenas faça! É o seu trabalho se livrar dessas emergências por mim, então faça valer o que eu te pago! Eu juro que se eu perder um só centavo acabo com a sua vida.

Fez-se silêncio e eu soube que a discussão havia acabado. Bati na porta e ele disse para eu entrar.

— Ah, oi, querida. — sorriu. — Já tomou café da manhã? Eu estava pensando em ir até o clube. Você tem frequentado?

A Melhor Parte De Mim ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora