【 adp. 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿. + 🫀 】
Isadora Holder é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Isa paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. E...
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É claro que não foi fácil ouvir que o Vinnie engravidou a Amanda. Mesmo assim, eu tinha que ser madura e não ceder à minha vontade de surtar com ele e perguntar como ele pôde não ter se cuidado direito. Ao menos ele tomou a atitude de terminar com ela mesmo assim, o que era incrível visto que ele próprio criou obstáculos para aquilo e a gravidez poderia muito bem ser um deles. Talvez ele tivesse tido a sua gota d'água.
Nós continuamos a beber e jogar conversa fora. Ele parecia melhor do que quando eu cheguei ali e riu muito quando eu contei que fui à casa de Antonie devolver os perfumes que me mandaram.
— Você intimidou um cadeirante! — riu novamente.
— Ele mereceu. — falei despreocupada.
— Não vai ser estranho ter um produto com o seu nome sendo distribuído pelo mundo todo?
— A ideia disso era maravilhosa antes do Antonie fazer o que fez. Agora isso só me dá asco e uma enorme vontade de gritar.
Ele ficou sério e começou a me olhar de maneira cuidadosa.
— Não, não me olha assim. — pedi.
— Você ainda está machucada?
— Fisicamente não.
Vinnie segurou a minha mão com uma das mãos e a acariciou com a outra. Senti que a nossa proximidade estava maior naquele momento do que foi em qualquer outro.
— Desculpe por ter agido como um idiota com você. — ele disse. — Não sei o que deu em mim, eu costumava não gostar de fazer coisas que eu sempre considerei como erradas.
— E o que você acha que fez de errado? — o incentivei a continuar.
— Acho que a coisa principal que me levou a todas as outras foi eu ter me apaixonado por uma paciente.
De forma involuntária, eu sorri ao ouvi-lo dizer que estava apaixonado por mim.
— Depois disso eu traí a minha namorada e ainda tentei segurar esse relacionamento mesmo sabendo o quão errado era. Provavelmente eu a engravidei enquanto decidia se iria terminar ou não, o que é outra coisa horrível. Mas não tem como voltar atrás.
— Não tem que pensar em voltar atrás, mas usar isso para tomar decisões melhores no futuro.
— Isso é o que me faz sentir ainda mais confuso. Me apaixonar por você não foi uma decisão ruim. Pelo menos não é assim que eu me sinto. Eu não me arrependo de nada com você, Isadora, por mais que as coisas que fizemos não pareçam semelhantes com o que eu costumava julgar como correto.
— Agora você só precisa parar e pensar por três segundos. — citei um de seus conselhos. — Você vai ter um bebê e esse bebê vai precisar que você tenha certeza de cada uma das suas decisões.
