【 adp. 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿. + 🫀 】
Isadora Holder é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Isa paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. E...
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Justo quando eu decidi terminar tudo com a Amanda ela acabou sendo demitida do seu emprego e isso a deixou pior do que já estava. Passei a primeira noite tentando confortá-la e convencê-la de que a sua carreira não havia acabado e que ela poderia encontrar outro emprego em breve com todas as qualificações que ela tinha. Que tipo de pessoa terrível eu seria se a deixasse naquele momento?
Tentei deixá-la mais confortável e feliz e estava dando certo, mas isso a aproximou ainda mais e eu via a nossa relação se tornando ainda mais fixa do que antes. E aos poucos eu fui me deixando acomodar de novo.
Aaron já havia feito uma consulta com a Isadora e ele me garantiu que estava tudo bem e que ela se abriu com ele. Eu achava que ele podia ajudá-la de verdade, podendo ser até melhor do que eu, visto que eu acabei caindo às tentações e tive a ideia louca de transar com ela no meu consultório.
Em mais um dia de trabalho, terminei a sessão com mais um paciente e depois o acompanhei até a saída como de costume. Ao abrir a porta, fiquei confuso ao ver a Isadora em uma das poltronas da recepção do meu consultório. Ela ficou de pé assim que me viu e me olhou muito nervosa. Notei que ela estava sem maquiagem alguma, o que não era comum para ela e o seu cabelo estava preso de qualquer forma em um coque, outra coisa que ela jamais faria em qualquer outro dia. Esses não eram bons sinais.
— Eu sei que ela não é mais a sua paciente, mas olha pra ela. — Avani sussurrou para mim. — Eu nunca a vi com um fio de cabelo fora do lugar.
— Eu tenho alguma consulta agora?
— Em vinte minutos.
Assenti e me aproximei da Isadora. Ela esfregava suas mãos uma na outra e eu podia jurar que estava tremendo. Seus olhos estavam levemente arregalados e ela desviou o olhar quando eu a encarei. Parecia até mesmo envergonhada.
— Isadora, o que aconteceu? — perguntei.
— A gente pode entrar no seu consultório? — pediu.
— Claro.
Nós entramos e eu fechei a porta. Ela sentou no divã e começou a esfregar as suas mãos ainda mais. Sentei ao lado dela e segurei as suas mãos para que parasse com aquilo.
— Estamos sozinhos agora. Pode falar.
Isadora fechou os olhos e respirou fundo algumas vezes. E, os mantendo fechados, ela disse a última coisa que eu esperava ouvir.
— Eu acho que eu fui estuprada.
Geralmente eu estava preparado para tudo o que era dito dentro daquele consultório, mas nada nesse mundo me preparou para aquelas palavras, ainda mais tendo saído da boca da Isadora. Não reagi e fiquei apenas parado, completamente em choque enquanto a encarava e tentava processar o que ouvi.
Ela começou a chorar e isso despertou a minha consciência de volta para o presente. Seus soluços entraram em meus ouvidos como agulhas afiadas e eu me senti totalmente impotente, mesmo tendo noção de que eu não tinha controle sobre o que aconteceu. Me senti tão derrotado e destruído que sequer pensei em algo para dizer, mas eu deveria fazer alguma coisa e não continuar na minha inutilidade.
