Novo lar

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Os dias após Sakura ser levada, foram os mais difíceis que o Uchiha poderia ter imaginado. Ele não poderia ir até ela, embora essa fosse a vontade, agora ela era uma princesa, e suas decisões poderia prejudicar todo o reino. Sasuke interrogou Kabuto pessoalmente, descobriu que a morte de seu pai e até a doença de sua mãe foi obra dele, que a envenenava aos poucos. Quando a Haruno surgiu e curou a rainha isso o deixou revoltado, "Quem ela pensava que era?" - "Eu sou muito melhor, nem médica ela era" - As palavras dele renderam dentes quebrados e até a decapitação. Mas agora ele tentava de forma difícil seguir adiante.

O reino ainda estava sobre ameaça constante, e se envolveu como nunca com os treinos. Sasuke vivia agora para seus treinos e defender o reino. Ele estava proibido pelo rei de ir atrás dela, o que no começo não aceitou fácil, tentando algumas vezes ir, mas sempre se via sem alternativa, não restando nada além da saudade que doía em cada parte dele com a expectativa de que um dia voltasse a encontrá-la.

****

No reino das flores foi diferente. A jovem acordou no dia seguinte em meio a lençóis caríssimos e um luxo nunca antes vivido. Mebuke estava ao seu lado com os olhos tão verdes e brilhantes de lágrimas que Sakura no primeiro momento se assustou.

Com calma a rainha foi contando toda a história até chegar nela. A rosada não entendia bem como tudo de repente havia mudado em sua vida. Saber que tinha pais amorosos e era da realeza, foi demais para ela e naquele momento se virou saindo da cama vomitando tudo que tinha no estômago com a ânsia que lhe atingiu.

Se tiver alguma coisa que Sakura jamais imaginaria, era pertencer à realeza. Nos dias seguintes a sua chegada foi de recuperação dos ferimentos que teve no sequestro. Era o décimo dia quando finalmente saiu do seu quarto, pode observar o luxo e riqueza em cada lugar. O castelo dos Haruno era claro e passava calor e alegria em cada cor e decoração. Diferente do palácio dos Uchiha, que era sempre escuro e frio.

A mente da jovem foi de encontro ao general, será que ele sabia dela? Será que ele estava bem? E se estava porque não foi atrás dela?

Eram perguntas que fez o coração de Sakura se apertar, ela levou a mão ao peito sentindo saudades dele. Provavelmente não estava nem aí pra ela, foi o que pensou a princípio, afinal ele não foi atrás dela. Saiu de seus pensamentos quando Mebuke a agitou, a fazendo acordar de seu transe.

- Você está bem?

A rainha tinha um olhar preocupado em sua direção. Ambas estavam no jardim conversando quando Sakura se deixou levar pelos pensamentos tumultuados.

- Ah, sim. Só me deixei levar pelas lembranças - olhou para algumas flores mais adiante.

- Sente saudade de ser dama de companhia?

A pergunta de Mebuke com uma voz trêmula pegou a garota de surpresa.

- Não alteza, quer dizer...

Mebuke já havia pedido para ela não lhe chamar assim, sabia que chamar de mãe demoraria um pouco, mas não queria que ela tratasse aos pais com tanta cerimônia, coisa que não era comum em outros reinos.

A rainha sorriu entendendo que deveria ter sido uma mudança radical para ela, mas aos poucos se acostumaria.

- Tudo bem querida, quero que se sinta à vontade aqui conosco.

- Alteza? - foram interrompidas por Deidara que fazia uma reverência para ambas - Meu rei deseja falar com vossa alteza.

Mebuke levantou do banco e beijou a cabeça da rosada.

- General, faça companhia a minha filha, por favor.

Ele apenas acenou e em seguida Mebuke se foi. Sakura observou o homem alguns segundos antes dele ficar em posição de guarda ao seu lado.

A escrava Onde histórias criam vida. Descubra agora