o seu amor.

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oi, de novo!
esse capítulo vai falar sobre o lado materno da irene, principalmente com o Caio. a gente não sabe como foi o início da relação deles e se foi algo saudável, mas eu não vejo ela maltratando uma criança (é bem capaz, na verdade.) mas aqui, eu quis trazer um lado dela mais humano, aproveitem!

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O SEU AMOR, AME-O E
DEIXE-O LIVRE PARA AMAR.

✿✿✿

Antônio destrancou a porta de casa, na esperança que todos estivessem dormindo para ele poder lanchar em paz. Quando abriu, não soube bem especificar o que acontecia naquela sala. Apenas Caio completamente sujo de trigo e Daniel coberto de manteiga, ficou alguns minutos em silêncio e pôde ouvir o chuveiro desligar, Irene estava tomando banho e os dois estavam sozinhos em uma casa enorme.

Respirou fundo, tentando procurar saber o que fazer. Caio com 3 anos e Daniel com 1 ano, não era nenhum pouco fácil lidar com duas pestes. Quando foi se mexer, Irene estava paralisada ao lado dele enquanto encarava o estado das duas crianças.

Daniel já não conseguia ficar em pé e Caio tossia pela quantidade absurda de trigo em volta do seu corpo. Antônio revirou os olhos e ergueu Daniel como quem segurava uma bomba. Irene segurou a mão de Caio, ficando três passos longe dele e subiu com os dois.

Levaram pelo menos uma hora para limparem eles completamente e quando desceram já estavam exaustos demais para jantar. Irene se largou no sofá, ignorando qualquer regra de etiqueta que aprendeu há um ano atrás.

— Cansada? – ele sentou-se ao lado dela.

— Demais. – ela suspirou exausta. — Eles me cansam, principalmente o Daniel.

Ficaram breve minutos em silêncio, Antônio iria continuar a conversa se Irene não tivesse adormecido, sorriu, erguendo a esposa no braço e subindo as escadas.

•••

Irene segurava Daniel nos braços enquanto tentava alcançar o brinquedo na mesa de centro. Tentava disfarçar enquanto Antônio estava aos berros brigando com Caio, revirou os olhos. Queria educar o garoto aos gritos?

Sempre discutiram sobre isso, principalmente quando a criança voltava tremendo de tanto chorar. Nunca concordou com o jeito que ele tratava a criança, em uma das vezes Irene expulsou Antônio do quarto e deixou as duas crianças dormirem com ela.

Com isso, não demorou muito para Caio aparecer grudado em Angelina com os olhos vermelhos e bastante irritado.

— Você quer contar o que aconteceu? – Irene perguntou, trocando Daniel de braço.

— Meu pai brigou comigo. – a voz infantil limpou as lágrimas com as costas das mãos.

— E você quer conversar sobre isso? – o pequeno negou, Irene assentiu e eles ficaram alguns segundos em silêncio.

Caio encarava a madrasta com o dedo na boca.

— Você pode me pegar no colo? – ele abaixou a cabeça e Irene se controlou para não chorar.

— Claro que posso. – Irene sorriu, entregando Daniel para Angelina e em seguida sentando-se no sofá e ajeitando o garotinho em seu colo. — Você não quer me contar por que seu pai brigou com você?

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