185 7 3
                                    


(Trilha sonora deste capítulo. Você também pode encontrá-la na playlist oficial, link na descrição)

Capítulo XX

— Aqui está! — Míron, sempre empolgado, entregava o pingente com a armadura de Carina para Iro. — Novinha em folha!

— Valeu! — Segurando-a pela corrente, a Quilha bamboleava com seu brilho perolado em frente aos seus olhos.

— Anda, experimenta! — O garoto estava mais animado que o próprio dono do traje.

— Ah, verdade! — Arrumou o corpo para vesti-la, mas uma voz o interrompeu.

— Oi, Míron, eu vim buscar minha armadura. — Era Alexia, entrando na morada do Escultor.

— Claro, vou lá buscar! — Caminhou para os fundos com sua corrida elétrica.

Os dois ficaram sozinhos. Não se falavam desde o dia anterior, quando se desentenderam e ela acertou um golpe no jovem.

— Boa tarde — ele disse, batucando no balcão. Evitavam se olhar.

— Como tá o seu ombro? — Ela apontou para o local atingido por Ágata.

— Já não dói mais.

Um silêncio incômodo se fez quando o papo de elevador terminou. Logo ouviram as pancadas secas dos passos apressados do garoto retornando com a armadura.

— Uma armadura de Volans, saindo!

— Obrigada, Míron — ela sorriu, pegando o pingente.

O menino colocou as mãos na cintura, orgulhoso do seu trabalho, e observou a dupla.

— O que aconteceu? — perguntou, fechando a cara.

— Quê? — Iro respondeu.

— Vocês dois. Tem alguma coisa errada.

Olharam-se de relance, encabulados com a exposição.

— N-Não foi nada, obrigada pelos consertos! — ela falou depressa e se retirou, com Iro indo logo atrás.

— Ali, espera, eu queria...

Do lado de fora, os dois deram de cara com Jade. Ele percebeu pelo olhar da mestra que não tinha boas notícias.

— Garotos... — Sua voz estava embargada. — Venham comigo.

Sem falar mais nada, levou-os até até os jardins. Seu comportamento despertava a preocupação de ambos. Fez os jovens sentarem em um banco.

— Me prometam que vocês serão fortes. — Suas primeiras palavras já foram o suficiente para que arregalassem os olhos, esperando o pior.

— A aura da constelação de Touro acabou de se apagar.

Espantada, Alexia cobriu a boca com as mãos e Iro se levantou.

— Como assim apagou? — ele gritou — O que isso quer dizer?

— É exatamente o que vocês estão pensando. — Fazia força para segurar o choro. — Quando uma aura zodiacal se apaga, significa que o seu cavaleiro de ouro... Morreu.

O garoto colocou as mãos na cabeça, atordoado.

— Não... não pode ser... — Ali olhava o chão. — Uma amazona de ouro? Morta?

Cavaleiros do Zodíaco: Desatando NósOnde histórias criam vida. Descubra agora