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Calebe Martine

A garota em minha frente é de uma beleza única; tem cabelos castanhos escuros, os olhos são uma mistura de verde e azul que não consigo compreender, além de sardas no rosto que a deixam ainda mais bonita.

— Garotos essa é a Melina, amiga da Krysten. — Antony diz me tirando do transe.

— Eai Melina! — Todos falamos em uníssono. Vejo um sorriso ladino em seu rosto.

— Qual foi gata, tá fazendo qual curso? — Bryan que está ao meu lado lhe pergunta.

— Faço gastronomia. — Ela diz meio tímida.

Sua voz é doce e calma, combina com ela.

— Que legal, o Calebe também faz. — Assim que responde, Bryan bate com seu ombro no meu me fazendo balançar.

— Sim. — Respondo. Fingindo não me importar muito

É claro que me importo, ela é tão gata e eu aposto que ela não resistiria a mim. Agora que sou do time da universidade, as garotas não perdem a oportunidade de falarem com a gente ou de acordarem nas nossas camas de manhã.

— Vamos dar uma festa em comemoração ao início da nossa pré-temporada de jogos na sexta-feira. — Luck fala do outro lado da nossa mesa. — Todos da universidade devem ir mas, não sei se vocês já sabem.

— Fiquei sabendo sim, vocês sabem que quando se trata de festa ninguém perde tempo para nada. — Krysten sorri enquanto fala. — E é claro que vamos estar lá. — Ela pisca apenas de um olho.

— Vamos? — Melina sussurra para ela e junto arca uma de suas sombrancelhas, mas sou capaz de ouvir.

— É claro, você sabe que eu não falto uma! — A morena lhe responde.

— Que bom então, vocês vão saber o que é uma festa de verdade! — Antony diz e todos comemoram.

Ainda não participei de nenhum das fraternidades do time, acabei de entrar e essa será minha primeira. Já fui avisado pelos meninos o quão bom é, você se sente cheio de poder e soberba. Eu gosto disso.

...

Depois do nosso treino, tomei uma ducha, coloquei uma calça de moletom preta e apenas um moletom cinza por cima.

Kristen nos chamou para ir lanchar na cafeteria em que ela trabalha, a Royal Coffee; ela não fica tão longe da universidade mas não me lembro se já estive nela.

Moro aqui a algum tempo, vim justamente para a faculdade, sai de São Francisco; meus pais ainda moram lá e as vezes visito eles, evito um pouco já que nunca me dei tão bem assim com eles, por isso a escolha de estudar tão longe. Eles me mandam dinheiro mensalmente para as despesas do dia a dia.

— Você vai dar a carona pra gente né Martine? — Antony me tira do transe me dando alguns tapinhas nas costas.

— Lógico. Vamos logo que eu tô morto de fome, já estou quase vendo estrelas. — O moreno ri da minha fala e caminhamos até a saída do vestiário.

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