IMPRUDENTE

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Calebe Martine

Dirigi por uma hora e meia, a praia é linda e sei que Melina vai amar então obviamente vale a pena ficar essa horinha no carro. O dia me ajudou hoje já que está fazendo trinta e sete graus, mas aparentemente a sensação térmica é maior.

Saímos do Mustang e reparei que Bennet não para de encarar o imenso mar bem clarinho à sua frente. Ela parece encantada e gosto dessa sensação de surpreendê-la, acredito que sempre posso fazer isso. Não deixei de reparar também o quanto ela está bonita, seu corpo parece se encaixar perfeitamente nesse biquíni e isso só me confirma que não tenha nada que não fique feio nela. Se Melina colocar um saco plástico em sua cabeça ainda será a mulher mais bonita dessa cidade.

— Calebe, aqui é surreal de lindo! — Afirmou quando me aproximei ficando ao seu lado

— Eu sei, eu amo vir aqui no final da tarde e sabia que iria amar. — Me viro para encara-la

— Amei mesmo... — Bennet me olha e sorri

Seu sorriso é tão lindo. Já disse o quanto admiro ele e o quanto eu queria vê-lo mais vezes também. Ela parece se perder nos meus olhos, como me perco nos seus, já que me encara por segundos á mais do que eu esperava.

— É... Vamos...? — Pigarreia

— Claro. — Dou um sorriso rápido e a ajudo descer do píer para à praia

Caminhamos até um certo ponto bem perto do mar. Em volta continha algumas pedras enormes junto de várias flores, por isso estávamos praticamente sozinhos desse lado.
Ela estende uma toalha azul que cabe perfeitamente nós dois sobre a areia, coloco do lado sua bolsa e apenas minha camisa que acabei de tirar ficando apenas com o short preto.

— Eai, não vai dar um mergulho? — Me viro para ela que coincidentemente já estava me encarando, bem concentrada no que via

— Que...? Ah! Tá doido Martine, essa água deve estar super gelada. — Faz um não com a cabeça e apoia seus cotovelos na toalha

— Claro que não, deixa de frescura Melina, depois acostuma... Vamos! — Me aproximo devagar

— Sem chances Calebe, não vem com... — Antes que terminasse sua desculpa, a pego pela cintura com apenas um braço e coloco-a por cima do meu ombro

— CALEBE! ME SOLTA AGORA! — Grita batendo em minhas costas

Ignoro totalmente sua fala e caminho até o mar que no momento não tinha muitas ondas.

— EU TÔ FALANDO SÉRIO! QUANDO ME SOLTAR VOCÊ VAI VER SÓ! — Resmunga — FILHO DA PUTA! — Xinga assim que me jogo junto com seu corpo na água

Realmente estava gelada mas é coisa de costume, acho bem psicológico também. Mergulhamos e quando volto para a superfície olho para a morena que me fuzila com seus olhos verdes que pelo o ódio, está um verde mais mais escuro que o normal. Lanço um beijinho no ar apenas para deixá-la mais irritada e obviamente consegui.

— Idiota! — Bufa me jogando água — Molhou meu blusão. — Diz olhando para ele que estava transparente agora

— Depois seca. — Dou de ombros