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"Nós nos conhecemos apenas no outro dia.."
"Mas você já me fez sentir de um jeito."
"Agora se eu pudesse descobrir..."
"Eu te levaria de novo para minha casa."

Meddle About
- Chase Atlantic

Melina Bennet

Já se passaram dois dias da festa e mesmo assim parece que ainda não me recuperei da ressaca que tive. E desacreditada que Martine tenha me trago para casa depois da festa, pelo meu péssimo estado me recordo apenas de flashes e consigo identificar seu rosto. Mas prefiro acreditar que ele não tenha feito isso e que seja apenas imaginação minha.

Termino de me arrumar para a faculdade e vou em direção à cozinha. Observo Krysten fazer nosso café.

— Ainda não acredito que ficou com Antony. — Me sento no banco.

— Lá vem você com esse assunto de novo. — A vejo revirar os olhos.

— É porque eu ainda estou em choque.. — Dou de ombros — Não imaginava.

— Nem eu, só estou fingindo que nada aconteceu. — Diz enquanto me entrega um prato com bacon e ovos. — Está de folga hoje?

— Ainda bem! — Sua fala sai aliviada; sorrio para ela — Podíamos ir à praia no sábado, o que acha? — Propõe

— Eu acho ótimo, sabe que nem precisa me perguntar, vou topar do mesmo jeito. — Rimos em uníssono.

— Você pretende voltar ao México nas férias?

E derrepente o clima se torna pesado para mim. Essa ideia de ter que voltar ao meu país de origem me intriga. São tantas lembranças ruins que me cercam, como o orfanato, que não era tão maravilhoso assim.

A ausência da minha mãe em boa parte da minha vida sempre me machucou, foi tão repentina sua partida que não me cabem palavras para definir como me senti. Não saber o porque nem para onde ela foi me falta até o ar. Isso me desencadeou ansiedade e alguns vícios na adolescência, o único que ficou foi o vício no cigarro.

Percebo que fiquei tempo demais pensando.

— Não, não tem motivos para voltar para lá. Não quero abrir mais feridas.. — Afirmo. — Vamos, se não chegaremos atrasadas!

Tento ao máximo desviar de assuntos desse tipo.

...

Quando chegamos ao campus caminhamos direto para nossas salas, nos atrasamos só um pouco. Pego o elevador até o terceiro andar e adentro a minha. Por sorte o professor não tinha começado ainda e procuro por um lugar vazio.

Sento-me na quinta fileira e quando estou fazendo anotações, para o meu azar, vejo Martine vir em direção a mim. Peço aos deuses que ele não me dirija uma palavra. E fui atendida. Ele apenas se senta ao meu lado na mesma fileira, um pouco menos mal.

No intervalo nada muda, me sento em uma mesa com Anne, Lexus e Krysten. Conversamos bastante e as convidamos para ir à praia conosco no sábado.

Depois tive mais duas horas de aula, almoçamos e fomos direto para a Royal.O trabalho é sempre intenso e cansativo, mas necessário.

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