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Calebe Martine

Hoje inicia o primeiro jogo da temporada, então, sem aulas. A semana foi extremamente corrida, não consegui ir em todas as aulas e perdi algumas matérias, mas precisava treinar e estar totalmente pronto.

Antony e eu nos aproximamos bastante durante esse tempo, ele tem treinado comigo e fazemos quase tudo juntos, posso dizer que viramos melhores amigos. Temos ido bastante a Royal Coffee, assumo em dizer que gosto de ir só para observar melhor Melina Bennet. Ela me viciou em seus próprios olhos e não só no café delicioso que faz. A garota é extremamente difícil, posso afirmar, mas nada que eu não possa resolver.

Volto a realidade com um estalo de dedos em frente ao meu rosto.

— Acorda irmão, a gente tem um jogo daqui a uma hora. — Antony diz.

— Eu tô acordado idiota, só estava pensando. — Dou de ombros.

— Beleza. — Se senta ao meu lado — A faculdade toda vem, tô nervoso pra cacete. Não imaginava que viria literalmente todo mundo. — Ele respira fundo.

— Relaxa Tony, a gente tá pronto.. Temos que mostrar pro treinador que valorizamos essa vaga que somos muito bons no que fazemos. — Tento tranquiliza-lo dando um tapinha em suas costas — E vamos trazer esse título para a faculdade! — Sorrio

Ele sorri e retribui o tapinha. Levantamos e caminhamos em direção aos nossos armários, para por nossa roupa de treino, vamos aquecer antes de começar.

Pigarreio antes de fazer uma pergunta ao moreno do meu lado.

— Sabe se... A Melina vai estar? — O olho e ele está com um sorrisinho de canto, pronto para me zoar, como bem o conheço.

— Tá querendo saber porque, Martine? Vai fazer um gol dedicado a ela?

— Você sabe que ela me odeia.

Ele parece pensar.

— Acredito que sim, a Krysten vem. — Encaro-o

— Anda conversando com a Krysten? — Agora sou eu quem estou sorrindo maliciosamente.

— Não! — Responde de imediato — Só comentei com ela se viria. Nada demais idiota. — Ele diz e sai tão rápido que mal vejo sua sombra.

Também termino de me vestir e corro em direção ao campo. Só de ver essas arquibancadas imensas (agora vazias) mas cheias daqui a uma hora, o nervoso me preenche. Sinto uma enorme vontade de tomar um dos calmantes fortes que sempre tenho comigo, que me deixam chapado, ou então de fumar um cigarro. Tento me controlar e pensar apenas no que é importante agora. Respiro fundo e assim que escuto o apito do Willian, me posiciono ao meio do campo.

Melina Bennet

Parece que escolher uma roupa para um jogo de futebol se tornou a missão mais impossível do mundo. A impressão é de que não tenho absolutamente nada que fique bom no guarda-roupa. Bufo irritada.

Caminho até o quarto de Krysten, onde ela se arruma, na esperança de que lá eu encontre algo que me agrade.

— Não consigo achar nada. Não quero ir mais. — Me encosto no batente da porta.

— Lógico que você vai Melina. Tenho uma roupa perfeita.. — Ela pisca para mim.

A observo vasculhar seu armário. Pega algumas peças e joga em cima da cama e definitivamente está tudo uma bagunça. Me pergunto como ela consegue se achar no meio disso tudo.

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