Baila comigo: 6

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Enquanto Maria Fernanda e Maria Eduarda saíram para encontrar algumas amizades, Fábio continuou no apartamento querendo desfrutar do tempo com a tia que tinha como sua mãe, já que fora criado desde o falecimento de seus pais pela mesma e sequer conseguia recordar de sua mãe biológica por a perder, todavia, muito novo para recordar estar com ela. O rapaz de vinte e dois anos desceu após um banho, conseguindo o colo de Simone como seu porto seguro, deitando-se no sofá com a cabeça nas pernas dela apreciou o carinho que ela fazia em seus cabelos. O sorriso dela acalmando qualquer perturbação em seu coração e seu carinho abraçando toda sua alma em um gostoso afago. Fechou os olhos descansando sob o amor dela e sentindo-se feliz em estar de volta no seio de sua família.

- As meninas comentaram, enquanto você estava fora, sobre uma garota com quem estava namorando – Começou, seus dedos penteando os cabelos úmidos dele – Ela ficou bem com sua volta?

- Nós terminamos... Tínhamos projetos diferentes, interesses que divergiam – Recordou com uma melancolia em seus olhos – Acontece né, vida que segue.

- Eu sinto muito, meu amor – Beijou a testa dele e acariciou seu rosto.

- Tá tudo bem – Tentou disfarçar seu coração partido com um sorriso – Mas falemos agora de você.

- Se for sobre o assunto "Alecito" como intitulado pelas meninas por culpa de Elisa...

- É dele mesmo que quero falar – Riu quando ela colocou uma mão na testa – Então, tá rolando alguma coisa aí mesmo?

- Eu não deveria estar falando disso com você – Estreitou os olhos.

- Vamos lá, sou seu filho querido, amado...

- Que feio! Tentando me pegar pelo emocional mocinho, eu não te ensinei isso – Apertou a ponta do nariz dele com graça.

- Não, mas tia Elisa sim. Ela diz que você tem um coração mole – Riu.

- Nossa! Com uma amiga dessas quem precisa de inimigo – Jogou a cabeça para trás.

- Ela te adora e você morre de amores por ela – Brincou com a mão da mais velha – Então você e o Alessandro...

- Estamos nos conhecendo, satisfeito? – Admitiu.

- Isso é bem interessante – Levantou as sobrancelhas – Eu amo o tio Edu, mas sinceramente ele nem merecia mais estar casado com você.

- Acredite, eu sei – Suspirou com pesar.

- Então por que ainda não separou? – Questionou, se levantando.

- É complicado, Fábio. Tem a questão da minha imagem e...

- Pelo amor de Deus! Deixa essa imagem pra lá, você tem direito de ser livre e feliz. Ninguém tem a ver com isso – Sentou-se de frente para ela – Faça como a tia Elisa diz e ame intensamente a vida, a abrace e dance com as aventuras que te esperam.

- Você e as meninas deveriam fazer um fã clube pra Elisa, sabia? – Cruzou os braços e fez um bico enciumado.

- Oh mãe! Fica com ciúmes não, você sabe que a gente te adora, te ama, te venera – A trouxe em um abraço forte, suavizando as feições da mulher.

- Elisa tem razão, meu coração é mole pra vocês três – Sorriu, retribuindo o abraço amorosamente.

Entre conversas e risadas os dois continuaram ali na sala recompensando um pouco do tempo que estiveram longe fisicamente, mesmo que jamais tenha sido cortado o contato entre eles fossem por ligações, mensagens ou vídeo chamadas.

O reflexo em seus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora