Sasori meu Cúmplice

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— bom dia doutora! — disse uma enfermeira quando passei no corredor, já vestida com o meu jaleco.

— bom dia. — sorri forçado ansiosa para colocar meu plano diabólico em prática.

Ninguém percebeu nada de errado, afinal minha expressão de santa engana muita gente. Olhei para os lados observando os pacientes no corredor e ignorei todos, alguns vinheram reclamar da demora e apenas respondi para aguardar, inclusive nem comentei que o doutor Danzo estava dormindo na sala de conforto, da última vez já fiz muito em deixar os pacientes ir acordar ele, agora ele que se lasque sozinho.

Caminhei em direção ao elevador e subi para o andar psiquiátrico do hospital na intenção de chegar na sala das câmeras de segurança, coloquei o pin-drive no bolso e continuei a andar linda e plena como se nada tivesse acontecido. Assim que cheguei no local desejado, dei duas batidas na porta e entrei sem nem mesmo esperar uma confirmação do segurança de dentro.

— preciso de ajuda. — falei vendo Sasori se engasgar com o café por causa do susto.

— COF COF, quer me matar de susto sua idiota?! — reclamou ele limpando a boca com a mão.

Derrubou café até no uniforme dele.

— não tenho tempo para isso, eu preciso de um favor seu. — pedi novamente fechando a porta.

— lá vem encrenca. O que você quer dessa vez? — bufou pegando um papel e limpando a camisa de botões branca que agora estava marrom do café.

— eu preciso das imagens das câmeras de segurança de ontem no centro cirúrgico.

Ele me olhou torto.

— quem te deu permissão para olhar nas câmeras de segurança? Pelo que eu saiba nenhum outro funcionário pode olhar aqui a não ser que seja o próprio segurança ou que seja muito urgente. Caso contrário só com a permissão escrita de seu chefe.

— é uma emergência! eu preciso fazer uma denuncia para o RH, mas para isso eu preciso dessas imagens. — implorei apoiando a mão na mesa e a outra na cintura — aliás, você vai gostar de saber quem é que está por trás disso tudo. — lancei meu olhar manipulador me referindo àquela mulher.

— não vou não. Eu prefiro manter meu emprego do que participar dos seus planos diabólicos, sabia que aqui é a única instituição que paga bem? — respondeu de braços cruzados me encarando — com o dinheiro daqui eu consigo manter o aluguel da minha casa em dia e não estou a fim de morar na rua. Portanto, vaza! — ele apontou com o polegar para a porta para que eu saísse.

O encarei furiosa com as duas mãos na cintura dessa vez.

— ok. — me rendi erguendo os braços — você está certo por fazer o que é melhor para você, então, se não quiser me ajudar não tem problema algum. Eu só achei que você ficaria interessado de saber que a Karin está saindo com o meu chefe e que eu peguei os dois no flagra ontem na sala de operação, mas como não está, então não preciso perder meu tempo. Até depois. — soltei me virando de costas para ir embora.

— espera, como assim a Karin?!

— como assim o que? — me fiz de desentendida.

— como assim ela esteve aqui ontem?

— ela esteve aqui ontem? — fiz pose pensativa.

— você acabou de dizer, pare de se fazer de desentendida! — reclamou desesperado e eu sorri com a oportunidade.

Me apoiei na cadeira vazia e o encarei profundamente.

— exatamente, ela esteve aqui ontem! — repeti com afirmação dessa vez — Karin esteve bem debaixo do meu nariz esse tempo todo, ela ainda sente raiva de mim pelo que aconteceu na faculdade mesmo depois de anos. — expliquei me estremecendo pela cena horrosa que presenciei ontem — esse tempo todo Suigetsu pegou no meu pé até nos mínimos detalhes, sempre achei que nunca fui suficiente por causa disso. Mas agora, percebo que não foi erro meu e sim foi a Karin que estava por trás disso tudo, ela pretende acabar com a minha carreira dessa vez. Um erro meu e estou na rua e se eu perder o meu CRM nunca mais vou poder trabalhar como médica ou qualquer outra área que envolva a saúde.

Problemas na Faculdade 2 - Problemas na Área de Trabalho Onde histórias criam vida. Descubra agora