O Segurança do Hospital

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Dormi a noite toda enrolada no meu edredom cor de rosa e macio. Por mim eu poderia dormir o resto do ano que não me importaria com isso, eu realmente estou cansada. Acordei de novo com aquele despertador insuportável no meu ouvido que, se não fosse meu único celular, já teria tacado na parede a muito tempo.

Não entendo meu problema com despertadores, já troquei o toque várias vezes para músicas mais calmas, animadoras e até mesmo um mísero pi, e mesmo assim acordo irritada. Depois de muito tempo fui perceber que o problema não estava no celular e sim em mim mesma, detesto acordar cedo e não importa como. Lá vai eu levantar da cama para mais um dia de trabalho naquele hospital insuportável, tô começando a pensar seriamente em me demitir, só não o faço porque eles pagam bem.

Pagariam melhor ainda se me promovessem a cirurgiã, mas infelizmente a injustiça corre solta naquele lugar. O que era pra ser perfeito tá sendo um completo desastre, era pra ser meu sonho se tornando realidade e não o meu pesadelo, todo dia é a mesma coisa e isso tá me deixando mais cansada do que já estou.

Tudo isso e eu nem sai de casa ainda, já fico imaginando a merda que Danzo aprontou para mim mais uma vez. Depois de mil anos eu finalmente terminei de me arrumar, nada exagerado, somente o uniforme do hospital. Saí de casa e fui até meu carro que estava estacionado na garagem de sempre, liguei ele e fui buscar a Hinata na casa dela.

— Bora Hinata!! — gritei apertando a buzina esperando a lerdeza da minha amiga.

— Já estou indo! — gritou ela fechando a porta.

A coitada veio mancando até meu carro como se estivesse com problema na perna e precisasse de uma bengala. Uma bengala não, uma cadeira de rodas.

— acordei atrasada hoje. — disse ela respirando fundo enquanto batia a porta do carro.

— tô vendo. — provoquei vendo que seus cabelos ainda estava molhado do banho, Hinata geralmente seca eles antes de sair de casa — o que foi que você tá assim?

— dormi de mal jeito. — disse ela colocando o cinto.

— ah entendi, ainda bem que você está indo de carro comigo ou não conseguiria dar um passo. O Naruto acabou com você haha. — ri ligando o carro e dando a partida.

— o que?! Não é isso que você tá pensando! — se apressou em dizer toda corada.

— você tá corandooo!! — cantarolei vendo ela ficar mais vermelha que um pimentão.

Socorro, estou parecendo minha sogra. Mikoto é uma figura.

— o que?! Não tô não! — ela virou o rosto para a janela.

— ora Hinata, não adianta mentir. Toda vez que isso acontece você sempre dá a mesma desculpa, já até acostumei. — falei parando o carro no farol vermelho.

— tenho que repensar nas minhas mentiras. — retrucou ela olhando para a estrada. Ri daquilo, Hinata nunca mente bem.

Depois de um tempo chegamos no hospital no mesmo horário de sempre, estacionei o carro na garagem e fomos até a entrada do hospital conversando de coisas aleatórias como uma série que Hinata assistiu sobre vampiros e humanos.

— haha é muito boa, você vai amar. — riu ela enquanto viravamos a rua que levava para a frente do hospital — olha, tem segurança novo.

— sério? Eu pensei que não precisávamos de seguranças novos.

— você nem sabe do que aconteceu no plantão noturno. Fiquei sabendo pela equipe de enfermagem dos leitos. — comentou ela e eu fiquei curiosa — parece que na noite passada os médicos atenderam um criminoso baleado e, quando eles acharam que o bandido estava anestesiado, ele levantou da maca e fez uma enfermeira de refém.

Problemas na Faculdade 2 - Problemas na Área de Trabalho Onde histórias criam vida. Descubra agora