Kornkamon nasceu próximo ao reino de Sam. Não exatamente ao lado, porém não exatamente tão distante. Apenas, próximo o suficiente para que houvesse alguma aliança assim que necessário.
Com dezenove anos, ela já era mais destemida do que todos os homens do reino. Pegava até urso no laço. Era até a melhor arqueira do reino. Mas não detinha o valor que seus irmãos conquistaram por serem homens. Ser mulher não rendia honrarias, mesmo que ela fosse melhor que qualquer homem.
Mon, como gostava de ser chamada, vestia-se como uma donzela, mas tinha os braços fortes, assim como os homens costumavam tê-los. Os músculos costumavam ser vistos quando ela retirava as roupas para tomar banho.
No dia a dia, os músculos eram algo que ninguém notava na princesa. Estavam acostumados a olhar em seus olhos de donzela. Ou perceber sua boca delicada. Ou, apenas, queriam tocar os cabelos castanhos.
Mon odiava a raça masculina. Detestava como eles se ofendiam por ela ter mais mira que eles. Odiava quando eles a rebaixavam a apenas a princesa do reino. Sentia vontade de dar uma surra em cada homem daquele lugar. Principalmente, odiava o irmão mais velho.
Kirk era um homem que sabia que já era o rei. O pai já estava passando o bastão para ele. Logo, ele receberia o reino e todo o poder que sempre havia sonhado possuir. E ele usaria esse poder para atacar todo e qualquer reino da região para ser o rei de tudo. E pensava que não deveria dividir o rio com o reino de Sam. Ele pensava que os reinos vizinhos deveriam ser dele.
Pensando assim, resolveu que procuraria o imperador vizinho para que pudesse propor o casamento com a sua única herdeira, tentando evitar a guerra e conquistar aquele reino sem esforço. Assim, a jovem e bela Samanun seria sua esposa, mas ele não a amaria. Ele a usaria para conquistar os objetivos e a descartaria depois, sendo um regente viúvo que havia amado tanto a esposa, que jamais voltou a se casar.
A verdade era a de que o negócio de Kirk eram os homens. Ele não aguentava ficar longe deles. Eles eram o seu ponto fraco, com seus músculos e veias saltadas. Com seus corpos cheios de pêlos, barbas e mãos grandes. Acima de tudo, amava o órgão masculinizado elevado em prazer.
Gostava das guerras, pois assim poderia ir para longe com um exército. Os exércitos ficavam anos em batalhas e raramente possuíam mulheres. Ali eram apenas homens solitários não resistindo a homens solitários. E Kirk sabia disso. Aprendeu isso cedo demais quando foi para a primeira guerra e gostou da experiência masculina ao qual passou com um dos generais em uma barraca à meia noite. Após isso, nunca deixou de praticar os atos da guerra. E torcia para uma nova guerra acontecer quando voltava para casa. E a faria com o reino vizinho se Samanun a princesa não aceitasse sua oferta de casamento. Seria um prazer duplo.
Voltando à Mon... Ela era uma donzela da alta côrte. Assim como o irmão sabia que homens, na guerra, ficavam irresistíveis, Mon sabia que a côrte era tão estranha que as mulheres se satisfaziam entre si quando os maridos iam para a guerra. Aprendeu isso muito cedo com a amiga, filha do general do exército, Jim. Elas começaram brincando de brincadeiras femininas e se tornaram amigas frequentes. Jim se casou cedo e o marido foi para a guerra, mas isso nunca impediu que Mon fosse brincar com Jim de marido e esposa.
A luxúria tomava conta de Mon e Kirk. E eles queriam apenas ter isso em suas vidas. O amor não fazia parte de seus planos. O prazer da carne era irresistível. Mon queria Jim, além, é claro, de mais outras donzelas a quem poderia deflorar. Kirk queria ir para as orgias com homens sarados e suados.
Ah, como são os humanos! O segredo dos atos aos quais eles faziam era bem mais prazeroso do que o suave toque da gota do perfume do amor. Eles eram viciados no prazer carnal. O amor não era uma cogitação entre eles. E Mon fugia do amor, assim como fugia do casamento, mesmo que já estivesse em plena idade do casório.=\=
Mon acordou aquele dia e olhou para o lado da cama alta com um véu para impedir a entrada dos mosquitos. O estilo da côrte ocidental a incomodava. Ela gostava mais do estilo tradicional oriental. Até aqueles babados horríveis da côrte ocidental a incomodavam. Os vestidos e tudo mais a deixava enojada. Mon preferia as vestimentas asiáticas. Mas a chegada dos católicos europeus na região fez com que muito da cultura ali se perdesse e todos se achassem mais chiques se vestissem as roupas do ocidente.
Ela viu a criada se levantar rapidamente, toda nua, e colocar as roupas com pressa, saindo correndo porque havia notado que estava atrasada. Então, levantou-se, se trocou e foi tomar o café da manhã.
A mesa farta e os servos esperando era algo que ela estava acostumada a viver todos os dias. Era algo normal e que mostrava que sua vida estava nos eixos.
Chegar ali e vê-los nas posições de atendê-la. Além de ver que a comida estava posta para esperar a princesa comê-la era algo satisfatório. Então, ela se sentou e comeu o que mais gostava e foi para fora do palácio.
Assim que saiu do palácio, respirou profundamente o ar do reino. Havia uma certa poluição que já estava tomando conta do lugar. Era isso o que a modernidade trazia e não foi diferente por ali. E Mon não passava mais perto do rio porque a catinga da brava fazia mal para seu nariz de princesa.
Mon sorriu consigo mesma por saber que logo mais poderia se encontrar com Jim nas barcas do lago. Lá, não havia a catinga da poluição do rio. O lago real possuía cisnes brancos, não sujeira. E ali elas sempre iam passear de barco até o outro lado do lago.
A casinha que elas brincavam quando crianças, agora era o local onde as duas faziam tudo o que os prazeres da carne mandavam. E Mon amava deixar marcas em Jim para que o corno pudesse vê-las. Ela não deixava marcas com a boca. Ela deixava marcas com as unhas. Aqueles arranhões em pontos específicos. Algo para ele ver e desconfiar, mas não algo para ele ter certeza. Se é que você me entende. Marcas com as pontas das unhas curtas ao qual marcam, porém não muito.
Mon se sentou perto do barco e esperou Jim aparecer. Talvez viesse ela, talvez viesse Kade, irmã de Jim. E Kade era a mais selvagem. Nela, Mon poderia fazer o que mais gostava de fazer porque Kade não era casada, era noiva.
Os homens do reino acreditavam que suas esposas eram castas, puras e virgens. Porém Mon era uma galinhona tarada que tirava a pureza de todas elas sem dó nem piedade.
Era comentado no palacio, entre os criados... O que Mon tinha de princesa, tinha de safada. Ela não era o tipo que resistia à ideia de haver uma donzela ao qual ela jamais tocaria. Todas seriam sua posse.
O tempo foi passando e Mon começou a ficar entediada pela espera. Ela odiava esperar. Odiava pensar que qualquer mulher estava com joguinhos com ela, fazendo-a esperar. Mon não era dada a joguinhos. Ela era a princesa e ela era quem mandava e ponto. Não haviam joguinhos com ela. Não haviam brincadeirinhas com ela. Mon sabia o que era dela e ela pegava o que era dela e ponto.
Suspirou e revirou os olhos, em notado tédio. Pegou uma pedra e jogou no lago. Pegou mais duas ou três. Foi jogando no lago. O irritamento agudo da princesa começou a perpassar o nível comum. E assim como uma mimada, se passasse do nível, ela daria um piti.
Ciumenta, não aceitava a demora de suas donzelas. Sabia que se havia a demora, era porque elas deveriam estar com outro alguém e Mon não aceitava que nenhuma mulher a deixasse de lado pra ficar com outra pessoa. Ela era Kornkamon! As mulheres gemiam como loucas quando ela as tocava. Não deveria haver outro alguém além dela.
Irritada, Mon se levantou e resolveu dar uma volta. Olhou para o céu e percebeu que iria chover. Agradeceu aos deuses sobre que ali não alagasse como no reino vizinho. A chuva ali sempre era branda e suficiente para encher de água que eles precisariam. E Mon era sempre grata por isso.
Mas ela estava irritada porque nenhuma das mulheres apareceram. Ela estava acostumada a esperar e a que chegasse primeiro, ela levaria até à casinha e faria tudo o que quisesse. Ou ficaria num humor terrível.
Sorte a dela de que Tee, a criada, apareceu à noite no quarto dela. Ela sempre aparecia de madrugada. Entrava debaixo das cobertas confortáveis e acordava Mon. A princesa amava ser acordada assim. Ela já acordava sedenta e passava um tempo só brincando. Se é que me entende.
O sexo era algo casual para Mon. E ela amava fazê-lo. Ela se deliciava ao fazê-lo. Ela amava o cheiro da mulher que sentia o prazer. Aquele cheiro de mulher que gozava aos toques dela. Ela amava a forma que a mulher ficava embaixo dela. Ela amava dar o prazer da carne para as mulheres. E ela sabia como tratar cada uma mulher. Até mesmo as servas.
Ela dava flores e jasmins para todas elas. Por isso, elas sempre voltavam. Porque quando o néctar da flor é bom, o beija-flor sempre retorna. E Mon sabia disso. Mon sabia como manter suas donzelas ao seu alcance.
Mon foi caminhando pela orla do lago. Pensava sobre como deveria tomar um banho. Sentia que fedia mais que o rio fedorento. Pensava sobre como talvez as mulheres não haviam aparecido pelo medo do cheiro de bode velho que estava em sua corpo. Mon precisava se cuidar. Cheirar pior do que um homem não era bom para a sua reputação de donzela. E sabia que estava descuidada quanto ao cheiro perfumado de seu corpo.
Então, voltou a suspirar e resolveu voltar para o castelo para pedir que preparassem a banheira para que ela tomasse um bom banho cheio de perfume.
Foi correndo para o palácio e fez o que já deveria ter feito. E os servos prepararam a banheira com as lavandas e cheiros que ela gostava tanto, deixando a água cheirosa.
Estava esfregando o corpo com a bucha quando ouviu uma batida na porta. Mandou entrar. Tee entrou. A forma de agir das duas demonstrava como aquilo era um hábito tranquilo e simples entre elas. Elas já haviam feito aquilo tantas vezes que havia se tornado algo natural.
— Entre aqui. — Mon soltou a bucha e esperou a criada retirar a roupa.
A princesa sorriu para si mesma ao ver as marcas pelo corpo branco da serva. Ela amava ver as marcas que havia deixado. Se sentia poderosa, dona daquela pele marcada. Era dela e só dela. E nada dava mais prazer para o ego de Mon do que sentir que uma mulher a pertencia. Ainda mais que as criadas poderiam ser marcadas como ela bem quisesse.
Tee entrou na banheira, mas não foi um banho que ela tomou. Afinal, ela sentou-se no colo de Mon e a princesa já estava com a mão embaixo pronta. Ainda apertada, sentiu os dedos entrarem e passarem por sua carne. Mon não era de beijar as mulheres. Ela pensava que o beijo era algo só feito para o amor. Mas haviam outras formas de seduzir uma mulher, além do beijo ardente. Estava no toque, a forma de olhar e de falar.
Ela sabia, sempre soube... A excitação da mulher estava nos detalhes e o beijo não era necessário quando se sabia usar essas coisas. O beijo na pele do corpo era mais íntimo do que a união dos lábios. Pelo menos, era o que Mon acreditava.
Tee foi relaxando e se abrindo para a princesa. Mon foi adentrando mais e mais. Mordeu o pescoço da criada e mandou ela gemer para ela ouvir. Mas a criada não poderia fazer isso. Era perigoso. E se alguém passasse ali e ouvisse?
— Vão ouvir... — A voz entrecortada de desejo da criada falou, em sussurros...
— Geme... — Mas Mon amava o perigo. Ele a deixava maluca de tesão.
Sabendo o que deveria fazer, Mon puxou os cabelos da criada e a mandou gemer quando a moça se manteve calada. A voz foi firme. A voz de uma princesa que manda e quer que façam o que ela quer. E a criada obedeceu. Gemeu baixinho. Aquele gemido tímido enquanto sentia os dedos adentrarem e saírem, indo e voltando, dentro dela. O prazer inundando por seu corpo.
Mas Mon não estava satisfeita com os gemidos baixos. Ela gostava do perigo. Ele a deixava sentir o prazer da adrenalina. Mandou com mais firmeza e pegou a serva com mais força, apertando com mais força e firmeza, deixando a pele com as marcas avermelhadas.
E a serva obedeceu. Não porque ela era a princesa, mas porque já estava entregue. Sentia os dedos se movendo. Isso a fazia perder o controle e o medo de ser jogada na rua por estar fazendo algo sexual com a realeza, o que era proibido. Só sentiu os dedos dentro, a carne e a pele molhada. O deslizar dentro de seu corpo e fora dele graças à água. Tee amava pertencer à Mon, mas Mon não amava ninguém além dela mesma.
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Wildest Dreams (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)
FanfictionSe tem uma coisa que eu sei fazer é fanfic com título de música da Taytay e isso já virou a minha marca. Sam, a Deusa da Luxúria, buscando fugir de um casamento imposto, vai para a Terra e se torna a princesa de um pequeno reino pacifico. e conhece...