Capítulo 62

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Mariah

De volta em casa.

Las Vegas estará sempre em meu coração por tudo o que significa e por todas as belas surpresas que me trouxe nessa viagem. Entretanto, nada se compara a paz de estar em casa com o coração completamente cheio de expectativas e amor. Meu lar parece tão mais aconchegante agora.

Estou completamente largada no meu sofá, não faz nem dez minutos que cheguei em casa e não tirei nem a bota. Continuo a mexer em minhas redes sociais, até que minha tela é alterada mostrando que alguém está a me ligar e o ecrã logo me anuncia o dono da chamada

Benjamin.

Desligo diversas vezes, mas a insistência é tanto que resolvo atender.

Ligação on.

Mariah: O que você quer, Benjamin? São exatamente 01h da manhã e eu acabei de chegar em casa. Seja rápido, por favor

Ben(?): Oi moça, aqui não é o Ben. Eu sou o garçom do bar States e o seu namorado está super bêbado, não consegue formular uma frase se quer. Será que poderia vir busca-lo? Hoje iremos fechar mais cedo para manutenções.

Mariah: Ele não é o meu namorado.

Garçom: Estranho, você é o número de emergência dele. Enfim, isso não vem ao caso, poderia busca-lo?

Mariah: Tudo bem - respiro fundo - Me passa o endereço?

ligação off.

Calço minhas botas rapidamente, pego meu celular e a chave do carro e vou correndo até o elevador apertando o botão para o térreo. Entro no meu carro e saio o mais rápido que consigo.

Não acredito que Benjamin está bebendo sem controle dessa forma, como ele se afundo assim? Eu realmente vi noticias que ele estava faltando alguns shows, que não estava comparecendo a entrevistas. Vi alguns comentários de seus fãs extremamente preocupados. Mas jamais pude imaginar que estivesse tudo tão grave assim.

Sigo o GPS de acordo com o endereço que o garçom me passou e logo estaciono em frente o estabelecimento. Percebo que estou bem perto a casa de Ben.

Entro no lugar e vejo o garçom atrás do balcão e Benjamin está em uma mesa próxima de cabeça baixa.

Garçom: Obrigado por vir.

Mariah: Eu que agradeço por ligar e não por o despejar na rua. Isso seria péssimo para imagem dele, muito obrigada mesmo - ele assente com a cabeça e eu vou até Ben que permanece na mesma forma - Benjamin, vamos embora!

Ben: Mariah, o que você está fazendo aqui? - ele se levanta rápido e acaba cambaleando, eu o ajudo a se sentar novamente

Mariah: Eu vim te buscar, seu idiota - respiro fundo mais uma vez - O que você pensa que está fazendo da sua vida, Benjamin? Foi isso que seus pais, seus amigos e você sonhou para si mesmo? Eu jamais imaginei te ver nessa situação e como meu coração dói - uma lágrima solitária escorre e eu sou rápida em enxugar - Vem, eu vou te levar embora - Ele se levanta, passa o braço por meu pescoço e vamos andando. Chego perto do balcão, pego a carteira de Benjamin e deixo duzentos dólares com o garçom - cem para conta e cem de gorjeta. Muito obrigada!

Garçom: Com o dinheiro dele? - ele me olha espantado

Mariah: Achou que usaria o meu - ele ri - Te garanto que ele nem vai sentir falta. Mais uma vez, muito obrigada. - ele assente e eu saio carregando esse babaca junto a mim. Chego em frente ao meu carro, destranco e ele entra no banco do passageiro com muita dificuldade, eu fecho o cinto nele e dou a volta entrando no veiculo também.

Até penso em deixa-lo em sua casa, mas não quero que George e Manu o vejam nesse estado desagradável, a segunda opção é um hotel mas zero condições de o deixar sozinho agora. Ligo para Jordan, mas ele não me atende.

O jeito é leva-lo para minha casa.

Inferno!

Estaciono o carro na minha vaga da garagem e o acordo o bonito que apagou durante o caminho. Ele parece mais de boa, mas está claramente bêbado.

Ben: Essa é sua casa, né? - eu assinto - Porque viemos pra cá?

Mariah: Era a única opção possível por agora. Não enrola, Benjamin! - Ele desce e vamos em silêncio até minha casa. - Vem, vou te levar até o quarto de hospedes. - Me guia em silêncio - No armário tem toalhas e lençóis, caso você precise. E qualquer coisa, pode me chamar.

Ben: Tem alguma roupa minha aqui ainda? - eu suspiro

Mariah: Sim, eu vou buscar - saio rapidamente, fecho a porta e vou até meu quarto.

Vou até minha mesa de cabeceira e abro a ultima gaveta que é como um baú, pois é bem maior que as outras. Ali tem a maioria das presentes e pertences de Benjamin. Tiro uma blusa e um short que ele ama e vou até o mesmo no quarto de hospedes para lhe entregar.

Mariah: Aqui - entrego em suas mãos e com o leve toque sinto um arrepio, o suor frio descer pela espinha - Tenha uma boa noite, Ben. E não hesite em me chamar, caso precise. - Viro as costas para sair do quarto

Ben: Mariah! - ele me segura pelo braço levemente, eu fecho meus olhos com força na intenção de não chorar, mas me viro para ele

Mariah: Sim?

Ben: Disse para eu não hesitar em te chamar caso precisasse de você, não foi? - eu assinto - a questão é que eu preciso de você o tempo todo, você é como fôlego em mim. Eu olho ao meu redor e tudo que eu enxergo é você, quando fecho meus olhos tudo que eu penso é em tudo o que poderíamos ter construído juntos. Éramos muito bom juntos, Mariah!

Mariah: Não foi isso que você disse naquela maldita entrevista, você disse que sabia que não daríamos certo. Então, que merda você estava na cabeça quando resolveu me pedir em namoro e me fazer acreditar em um amor que nunca existiu - eu choro sem controle

Ben: Eu amo você, Mariah. Eu amo você com meu coração, com a minha vida.

Mariah: Para de mentir, Benjamin. Deixa de ser um escroto! - preciso dizer que respirei fundo pela milésima vez? - conversarmos amanhã, eu estou muito cansada e você claramente bêbado. Dorme, eu vou dormir também. Podemos fazer assim?

Ben: Tudo bem, eu só espero que me perdoe.

Mariah: Eu te perdoei faz tempo, Benjamin. Só não confio mais em você. - As lagrimas descem, eu corro para o meu quarto trancando a porta e me escorando na mesma chorando sem me importar.

Eu o amo tanto, tanto, tanto. Mas o amor me dói em cada pedaço da minha existência.

E o amor não é sobre dores, é sobre cura. Mas eu não sinto isso, não mais...

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