Capítulo 18

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Ben

Quando liguei para Mariah, o intuito era a chamar para sair hoje à noite e fui surpreendido com a notícia de que minha mãe tinha desmaiado no trabalho.

Qualquer um ao receber essa notícia, iria se desesperar. O grande problema nessa situação toda é que minha mãe tem sérios problemas de saúde. Ela já teve dois AVC'S e desde então todo cuidado com ela é pouco.

Estive nesse hospital tantas vezes com minha mãe que nem precisei me identificar na recepção. O olhar de compaixão e dó das recepcionistas pra mim foi de dilacerar o coração.

Já vim aqui após meu pai ter ido buscar eu e Manuella na escola dizendo que nossa mãe tinha passado mal e tinha sido trazida para esse hospital. Passamos quase dois meses aqui com ela internada na UTI e mais um mês no quarto até ela receber alta. Foi o primeiro AVC.

O segundo eu estava em casa, foi durante às férias entre o meu último ano no ginásio e meu primeiro ano do colegial. Ela desmaiou na cozinha e esbarrou em uma panela que caiu no chão junto com ela. Ouvi o barulho e me assustei ao ver minha mãe extremamente pálida deitada no chão frio da cozinha. Não pensei duas vezes e liguei para a ambulância que prestou todo o socorro necessário no momento.

Dessa vez, foram três meses de internação na UTI e e um mês completo até ela finalmente poder ir pra casa conosco. Não foram dias nada fáceis, ela avançava e retrocedia na mesma intensidade.
Mas com todo amor que a oferecemos e todo profissionalismo exelente dos médicos, ela se recuperou muito bem. Quem viu minha mãe depois disso, jamais imaginaria que ela passou por dois AVC'S. Ela está novinha em folha. Bom, estava até hoje.

Agora eu me encontro mais uma vez nesse hospital, olhando para a mesma porta das outras vezes, esperando, com o coração apertado, algum médico trazer alguma notícia e orando para que ela esteja bem.

Dessa vez, deitado no colo de Mariah, com a mão entrelaçada a dela e recebendo um carinho nos cabelos. E isso de alguma forma inexplicável, traz uma paz imensa ao meu coração.

Vejo meu pai entrando com a Manu naquela sala de espera angustiante do hospital, e não consigo me mover dali, nem falar nada. Na verdade, nem tento.

nem quero.

Manu: Cadê a mamãe? Ela está bem?

George: É filho, cadê sua mãe?

não digo nada

Mariah: Ela está lá dentro com os médicos. Estamos esperando aqui tem algum tempo e ninguém apareceu com nenhuma notícia. Até tentei entrar com ela, mas não permitiram.

Manu: Tudo bem, Mariah. Eles geralmente não permitem a entrada de ninguém ali

George: Mariah? Você é a Mariah que trabalha com Rute?

Mariah: Sim, senhor priozi. Fui eu que estava com ela quando tudo ocorreu. - Sua voz é quase inaudível e temerosa

George: Pode me chamar de George, querida. Obrigada por ajudar minha esposa. Não sei o que seríamos de nós se não estivesse lá.

Mariah: Talvez preferissem que eu não estivesse - ela diz em um sussurro que só eu pude ouvir, a olho e vejo uma lágrima solitária descer por seu rosto que esbanja... culpa?

Me levanto em um pulo e a puxo para levantar também. Ela me assusta, mas não se retrai.

Ben: Eu vou lá fora um pouco, me avisem se tiverem qualquer notícia. - ele assentem e Mariah se encosta na parede de novo - Você vem comigo. - Ela apenas me acompanha

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