Capítulo 75

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Mariah

Estou sentada agora ao lado de Benjamin, ainda abraçada a ele. Meus pais conversam no meu quarto e as vezes as vozes se exaltam, mas logo os gritos cessam novamente.

Me solto dos braços de Benjamin com relutância para o olhar nos olhos, e ele me encara.

Mariah: Você bateu no meu pai? - ele suspira - Benjamin...

Ben: Bati, três vezes! Dois socos no rosto e um chute nos países baixos - ele confessa e eu solto uma risada - E se ele abrir a merda da boca pra falar qualquer bobagem sobre você, eu vou bater nele de novo. Fique a senhora muito bem avisada - eu jogo a cabeça pra traz soltando um gargalhada e ele me acompanha na risada

Mariah: Meu namorado é muito bravinho

Ben: Quando o assunto é uma tal Mariah Mancini, você nem imagina o quanto.

Mariah: Essa Mariah aí tem muita sorte de ter um super herói tão lindo todo pra ela - me aproximo do ouvido dele - Será que ela se importa se eu der uns beijinhos nesse astro do pop metido a valentão defensor das mocinhas? - ele gargalha

Ben: Desculpe-me senhorita, mas essa boca linda aqui é propriedade única e particular da minha namorada - Rio

Mariah: Fico feliz por isso - ele se aproxima quebrando o espaço que nos separava juntando nossos lábios em um beijo - Mas agora é sério, muito obrigada por tomar minhas dores e fazer de tudo para me defender. Eu pensei que nunca teria isso na vida e você me proporciona sentimentos únicos com as atitudes mais simples do mundo, inclusive batendo no meu pai. Meu coração é todo seu!

Ben: O meu também princesa e um dia, se Deus quiser, meu sobrenome também irá te pertencer - eu me arrepio com suas falas e me emociono com a ideia - Pois é minha linda, a gente ainda vai casar um dia e povoar a terra - rimos - E eu vou te defender - me da um selinho - te proteger - outro selinho - te cuidar - outro selinho - te amar - mais um - e dedicar todos os meus dias para te fazer feliz - finalmente me beija.

Ficamos nessa troca de carinho até meus pais aparecerem na sala com lágrimas nos olhos, rostos e bocas vermelhas. Não quero nem imaginar o que aconteceu nesse quarto.

Marcelo: Mariah, será que podemos conversar a sós também? - Ben ri ironicamente

Ben: Ah, mas não pode mesmo - meu namorado interfere

Amélia: Vai ser bom pra ela, Ben. Eles precisam
disso.

Mariah: Tá tudo bem, amor

Ben: Tem certeza disso? - ele arqueia um sobrancelha, eu assinto e lhe dou um beijinho - Qualquer coisa é só gritar que eu vou até lá correndo - eu assinto e vou andando até meu quarto com meu pai me acompanhando. Entro, me sento na cama e ele fecha a porta atrás de si permanecendo em pé.

Mariah: Então, o que quer me dizer? Eu não tenho mais nada para te falar, Marcelo!

Marcelo: Não imagina o quanto dói te ouvir me
chamando assim

Mariah: Sei bem o quanto as palavras de alguém podem machucar - o alfineto e ele puxa a cadeira da minha escrivaninha para se sentar de frente para mim

Marcelo: Quando sua mãe me contou que estava esperando por você eu não tive uma reação ruim como você imagina. Eu fiquei tão feliz, Mariah. Eu gritei, pulei, girei sua mãe no ar tentando demonstrar a minha felicidade, mas nada seria o suficiente para expressar o que eu estava sentindo dentro de mim - me surpreendo com suas palavras - Sabe filha - que saudade de ouvi-lo me chamando dessa forma - Eu errei muito, muito mesmo.

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