𝟔: Frieza

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Soobin não conseguia tirar a cena do Yeonjun com o Beomgyu da cabeça, queria conversar com o mais velho sobre isso, mas não sabia como falar sobre aquilo sem sentir que estava exagerando.

Yeonjun estava chateado com o quanto o Soobin estava distante, mas se falavam fora das gravações, e os abraços e carinhos tinham desaparecido, porque o mais alto simplesmente não queria mais.

De qualquer forma, Soobin foi até a casa do mais velho, que estranhou a expressão seria dele, que raramente o olhava daquele jeito.

— Tá tudo bem?

— Por que você não me contou que tinha um namorado?

— Namorado? — o olhou confuso.

— Choi Beomgyu — olhou pra ele — Vocês pareciam bem próximos.

— E por que você se importa? — deu espaço, e o mais alto entrou.

— Eu não me importo — mentiu — Só acho que você devia ter no mínimo me contado que tinha um namorado, eu não teria dado em cima de você nem feito nada. Você não acha que eu tinha esse direito?

— Talvez — fechou a porta — Se eu tivesse um namorado.

— Vai dizer que vocês são só amigos?

— Eu me envolvi com ele, ué — olhou pro mais alto — Qual é o problema?

O Soobin nunca tinha deixado de ver o Yeonjun como namorado, e mal percebia que estava tendo uma crise de ciúmes por alguém que não era seu, e não era seu por escolha sua.

A forma que o Yeonjun falava aquilo naturalmente o irritava, o irritava porque não queria ver o mais velho com outra pessoa, porque só queria que ele fosse seu de bico, queria apagar seus erros.

— Não tem problema nenhuma, desculpa — respirou fundo — Eu só não quero me envolver com alguém comprometido.

— Ele não é meu namorado, a gente só fica — se aproximou mais dele — Você parece com ciúmes.

— Eu não tô — desviou o olhar.

— Não tá? — levou suas mãos até o peito dele — Eu acho que você tá sim.

— Eu não gosto de te ver com outra pessoa — admitiu.

— É? Por que?

Inesperadamente, o Soobin o beijou como resposta, puxando sua cintura pra si, deixando o mais velho um pouco confuso, mas logo retribuiu o beijo, ao mesmo tempo que tentava entender o que aquilo significava.

O coração do Yeonjun palpitava, ah, como ele gostava daqueles lábios, sempre sentia falta daquilo, queria poder ficar ali pra sempre, sentindo aqueles braços fortes segurarem sua cintura.

— Eu te amo — disse descendo os beijos pro pescoço dele.

— Soobin... — suspirou.

— Eu te amo muito, Jun — desceu a alça da regata dele, sem parar os beijos.

— Não diz isso... — levou sua mão a nuca dele, puxando seu cabelo — É muito forte.

— É o que eu sinto — olhou pra ele — Por que você não pode ser meu?

— Por que você só diz que me ama quando a gente vai transar?

Silêncio, era a única coisa que restou naquele local.

Se olhavam em silêncio, as respirações já ofegantes, aquela situação era confusa, tão confusa que não sabiam mais como continuar, nem o que deviam fazer.

Julho [Yeonbin]Onde histórias criam vida. Descubra agora