Prologo

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Eu sempre sou chamado de "normie" pelos excluídos. Sou de estatura média, cabelo curto e preto e bem ativo nas redes sociais como as outras pessoas da minha idade.

Desde pequeno, meus pais sempre foram cautelosos e distantes dos excluídos. Eles diziam que os excluídos eram o mal dessa pequena cidade. O acidente com o Hyde do ano passado só piorou a situação.

T/n: Aqui está - disse, servindo uma mesa.

O dia a dia era tranquilo. Eu precisava ganhar dinheiro para não depender tanto dos meus pais.

Nessa tarde, alguns excluídos entraram. Não era estranho vê-los por aí. Uma garota loira que sempre estava sorrindo entrou acompanhada de outras duas garotas. Uma delas usava óculos de sol.

T/n: Olá, sejam bem-vindas. Posso anotar seu pedido? - perguntei.

???: Vejamos... - Ela pediu um café e as outras duas pediram o mesmo.

T/n: Já trago seu pedido.

Meu pai entrou na cafeteria, e eu pude ver a raiva em seus olhos. Eu suspirei e pedi para ele não fazer nada, pois não queria problemas.

Pai do T/n: Essa gente não deveria estar aqui - disse.

T/n: Pai, elas são clientes.

Pai do T/n: Eu e sua mãe pensamos a mesma coisa. Você deveria seguir nosso exemplo - disse irritado, saindo do estabelecimento.

Levei a bandeja para a mesa e servi uma por uma. Eu percebi que elas estavam sentadas na mesa que um grupo de adolescentes sempre sentava e esse grupo odiava os excluídos. Eles não eram agradáveis, mas tinham o apoio de muitas pessoas da cidade quando se tratava dos excluídos.

T/n: Desculpe - disse, chamando a atenção delas.

???: Sim? - disse a garota loira.

Estava um pouco nervoso e vi pela vidraça que o grupo de adolescentes estava se aproximando da cafeteria.

T/n: Vocês precisam ir para outra mesa.

???: O que, você está nos expulsando? - Perguntou indignada à outra garota.

T/n: Não, é que está vindo um grupo de adolescentes que odeiam os excluídos, por favor, troquem de mesa - disse quase implorando.

Elas não quiseram mudar de mesa. Tentei convencê-las, mas não consegui.

Garoto: Olha só o que temos aqui - disse, entrando na cafeteria. - Três bichos estranhos.

T/n: Por favor, deixe-as em paz - disse, tentando apaziguar a situação.

Garoto 3: T/n, você não deveria se meter onde não é chamado - disse. Ele era o mais velho do grupo e mais alto que eu.

T/n: Gostando ou não, elas são clientes. Por favor, sentem em outra mesa.

Eles começaram a rir.

Garoto 4: Não. Explique para essas abominações que elas deveriam estar debaixo da terra, que é o devido lugar dos excluídos.

T/n: Já chega!! - Disse, alterando um pouco a voz. A garota loira se levantou e mostrou as garras.

Garoto 2: Ui, essa gatinha tem garras - disse, olhando-a de cima a baixo. - Que pena que você é uma excluída, deve estar cheia de doenças.

T/n: CALEM A BOCA E VÃO PARA OUTRA MESA - gritei, e todos olharam para mim.

Parecia que as coisas iam ficar mais sérias do que já estavam, pois vi que eles estavam apertando os punhos. Nessa hora, a porta da cafeteria se abriu, e todos viram o xerife entrar.

Xerife: Bem, o que está acontecendo aqui? - perguntou.

T/n explicou a situação, e o xerife mandou o grupo ir para outra mesa, e dessa vez eles obedeceram.

T/n: Obrigado, xerife - disse aliviado.

Xerife: Não foi nada. Agora me dê o de sempre.

T/n: Claro.

Meu companheiro serviu o grupo, pois eu não queria me aproximar deles. Eu peguei algumas fatias de bolo e levei para a mesa das garotas.

???: Desculpe, mas nós não pedimos isso - disse a loira.

T/n: Isso é por conta da casa. Um pedido de desculpas pela inconveniência - disse sorrindo.

???: Obrigada - disse sorrindo, fazendo T/n sentir seu coração batendo um pouco mais rápido.

O local voltou a ficar tranquilo. Depois de um tempo, as garotas pediram a conta. T/n estava indo finalizar o atendimento quando ouviu a porta da cafeteria abrir.

???: O que elas estão fazendo aqui - disse. A voz dela fez ele fechar os olhos e suspirar.

T/n: Oi, mãe.

Mãe do T/n: Você não deveria permitir que essas coisas entrassem aqui - disse irritada. Vi o sorriso das garotas desaparecer.

T/n: Mãe... Por favor, vai para casa.

Mãe do T/n: Vocês são o mal dessa cidade. Se não fosse por vocês, não haveria assassinatos aqui - disse irritada.

Eu entrei na frente das garotas.

T/n: Desculpe por isso. Aqui está a conta.

Ela segurou meu braço e me puxou. Quando eu me virei, ela me deu um tapa na cara.

Mãe do T/n: Não defenda essa escória. Lembre-se do que eles fizeram com seu tio. Você é a vergonha da família - disse, para depois sair. Eu fiquei parado com a mão na bochecha.

As garotas pagaram a conta, mas uma delas olhava para o T/n preocupada.

???: Você está bem? - Perguntou a loira preocupada.

T/n: Sim, não se preocupe - disse, voltando a sorrir. - Por favor, voltem sempre.

Disse para vê-las caminharem até a porta. As duas saíram, mas a garota loira se virou e olhou na direção do T/n.

???: Aliás, meu nome é Enid, Enid Sinclair.

T/n: Meu nome é T/n - disse sorrindo.

Naquela noite, eu levei uma grande bronca e passei a noite chorando. Comecei a seguir a Enid em todas as redes sociais, e ela me seguiu de volta. Todas as publicações dela tinham filtros bem coloridos. Vi também que ela estava namorando com um cara chamado Ajax, um excluído como era de se esperar.

Continuei mexendo nas redes até que recebi uma mensagem da Enid.

E foi por causa dessa mensagem que minha vida começou a mudar.

Continuará...

Seu sorriso-Enid Sinclair x TnOnde histórias criam vida. Descubra agora