[Q.D.T]
💭Felipe on💭
Nessas últimas semanas eu ouvi tanto que eu era o pai desse menino indefeso ao qual Samanta havia tido e nem sabia ainda, que até eu já estava convencido de que era o pai dele, eu não fazia ideia de qual nome a Samanta gostaria de dar a ele, mas eu comecei a chamá-lo de Davi, ele era muito corajoso e forte, apesar de tão pequeno, estava resistindo muito bem, fez 2 cirurgias desde que nasceu, mas eu estava esperançoso de que ele ficasse bem, eu estava sentado na poltrona ao lado da maca da Samanta aonde eu passava a maior parte do meu dia, a mesma ainda estava em coma, esperando o fim de mais uma cirurgia do Davi, eu ficava o tempo todo ao lado deles, só saia por cerca de 4 horas todos os dias, ia em casa tomava banho e ia gravar um ou dois vídeos
-Felipe: então aí o Bruno falou que vai fazer lipo led e eu com toda certeza fui contra e acho que você também estaria ao meu lado na discussão, é uma cirurgia arriscada e sem necessidade, concorda?
Nesse momento a médica entrou no quarto.
-Dra Adisson: está conversando muito com a mamãe aí?
-Felipe: sim, eu tô com saudades de conversar com ela, de ouvir a risada dela, de ver seu sorriso animado toda manhã, as vezes ela era rabugenta, mas mesmo assim sempre conseguia me arrancar uma risada sincera.
-Dra Adisson: entendo, por causa das muitas cirurgias as quais ela teve que fazer, o cérebro dela inchou, por ela ter ficado muito tempo anestesiada por isso está demorando um pouco mais, tá bom?
-Felipe: você veio aqui falar do Davi, ele está bem? O que aconteceu?
-Dra Adisson: a veia do coração dele está muito fina e não está dando espaço para o sangue passar, vão suba essa veia por uma sintética que vai ser como a original, mas vai ser funcional, estão tendo uma dificuldade a mais com a cirurgia pelo tamanho do Davi, que muito pequeno.
-Felipe: mas ele vai ficar bem? Essa veia sintética vai dar problema no futuro?
-Dra Adisson: calma papai, estamos fazendo todo o possível pra salvar seu filho, não essa veia sintética vai ser absorvida pelo corpo com o tempo e uma veia de verdade vai crescer no lugar.
Meu filho.... Por mais que no fundo eu soubesse que não era o pai do Davi, eu já o amava como se fosse, todos os dias, eu tirava a camisa e o colocava só de frauda em meu corpo, a médica disse que isso ajudava ele a manter a temperatura corporal e os batimentos do meu coração o ajudariam a se acalmar e a melhorar mais rapidamente, ele era tão pequeno que quase cabia na palma da minha mão, eu nunca havia visto um bebê prematuro antes.
-Felipe: me avise de qualquer coisa que aconteça, por favor.
Foi só eu terminar de falar que o cirurgião entrou no quarto, pelo olhar dele eu já sabia, o Davi não havia resistido a cirurgia.
-Dra Adisson: já acabou a cirurgia? Eu pensei que fosse demorar mais tempo...
-Dr Thiago: infelizmente, o caso do Davi estava muito complicado, ele entrou em tamponamento cardíaco durante a cirurgia e por ele ser tão pequeno, não conseguimos terminar a cirurgia.
-Felipe: ele morreu?- eu perguntei com medo da resposta, mas já sem esperanças.
-Dr Thiago: ainda não, nós fizemos o enxerto da nova veia e o deixamos aberto, vamos medicar ele e esperar, se seus órgãos desincharem, nós vamos retomar a cirurgia, mas até lá, ele vai ficar na UTI neonatal.
-Felipe: eu posso ir até lá para ver ele?
-Dr Thiago: infelizmente não, como ele ainda está aberto, só com um plástico tapando seus órgãos que incharam devido a grande exposição a anestesia, é muito arriscado ele pegar alguma infecção.
-Felipe: e ele vai ficar sozinho lá? Sem ninguém pra fazer companhia? Ou segurar em sua mão e dizer que está tudo bem?
-Dr Thiago: ele está em coma induzido, vai ficar assim até conseguirmos finalizar a cirurgia, eu sinto muito- ele disse e saiu do quarto em seguida, a Adisson me olhou com um olhar doce e de pena, saindo atrás do cirurgião, então me voltei pra Samanta, vendo seu rosto já quase sem hematomas pelo tempo que já havia passado.
-Felipe: eu sei que ele não é meu filho, e também eu não sei se você sabia que estava grávida ou se sabe que tem um filho, mas eu já me apeguei naquele garoto, ele mostrou tanta força e determinação, que eu nem consigo imaginar como vai ser se ele não sobreviver a mais essa, ele nasceu de 6 meses, as chances de ele morrer são grandes, mas se depender de mim ou de dinheiro, ele vai ficar bem eu juro que vou fazer o possível e o impossível para salvar a vida do nosso Davi- eu disse sentindo uma lágrima escorrendo pelo meu rosto- por favor acorda, eu não tô mais aguentando ficar sem você aqui- disse segurando em sua mão, fiquei um tempo acariciando a mesma, até que peguei no sono.
💭Vi on💭
Eu estava preocupada com o Felipe, ele já estava a vários dias sem ir trabalhar direito, ele costumava ficar aqui o dia todo, agora ele aparecia apenas por algum tempo, gravava 1 ou 2 vídeo e ia embora correndo, todos estávamos estranhando esse comportamento dele, ainda mais por essas férias doidas que ele deu pra Samanta que sumiu do mapa, não respondia as mensagens, nem atendia as ligações, isso estava suspeito, eu só conseguia pensar que eles estavam tendo um caso escondidos da equipe, a qual estavam confinados em uma casa no meio do nada, era a única explicação que passava pela minha cabeça, foi quando tomei a decisão de seguir o Felipe e ver até aonde ele ia, então o fiz, assim que acabou a gravação ele saiu correndo, entrei no meu carro e o segui até o hospital mas o que diabos ele estava indo fazer no hospital? o vi entrando e ir até a UTI neonatal, ele parou frente a um quarto e começou a chorar olhando pra um bebê que estava em uma maca cheio de fios, ele ficou por longos minutos ali, até que uma mulher se aproximou dele, ela era alta, ruiva e muito bonita.
-Xxx: ele vai ficar bem, é só você ter fé, vai dar tudo certo.
-Felipe: aí Adisson, eu já estou perdendo as esperanças.
Seria aquela a mãe do bebê? Mas quem era ela? O Felipe tinha uma família secreta que ninguém conhecia? Eles foram andando até a cafeteira, então eu aproveitei pra ir até o quarto do menino ao qual estavam olhando pela janela, ele era tão pequeno que mal parecia humano, seus braços e pernas eram tão finos que pareciam que iam se quebrar a qualquer momento, na sola do seu pé, tinha um número, estava escrito 378 de caneta permanente, mas o que esse número significava? Seria o número de um quarto? Eu resolvi ir atrás e descobrir, fui andar por andar do hospital, até chegar no 4° andar, achando assim o quarto 378, eu abri a porta, mas não consegui ver direito, um segurança colocou a mão em meu ombro e tomou minha atenção.
-Segurança: desculpe senhora, mas o horário de visita já acabou- eu apenas assenti com a cabeça, olhei pra dentro do quarto vendo uma mulher morena, com tubos saindo de sua boca e vários outros em seu corpo, mas quem era aquela mulher? Fui saindo do hospital quando encontrei com Felipe no corredor do 4° andar, rumo ao elevador.
-Vi: Felipe? O que você está fazendo aqui?- ele ficou ainda mais branco do que era quando me viu.
-Felipe: eu que te pergunto, o que você está fazendo aqui?
-Vi: eu te segui até aqui, queria saber o pq está tão estranho ultimamente.
-Felipe: você não podia simplesmente ter me perguntado?
-Vi: você diria a verdade?
-Felipe: talvez, mas agora você precisa ir embora, amanhã conversamos na netolab- eu fingi que acreditei que iriamos conversar, já sabendo que ele iria me enrolar até não querer mais e fingiria que nada aconteceu, mas me dei por vencida e fui pra casa.
*Continua*
Agora é com vocês, o Davi sobrevive? Ou não? Não esqueçam de apertar na estrelinha, bjs
VOCÊ ESTÁ LENDO
Femanta: amor ou amizades?
Fanficessa história vai começar sem uma capa, pois estou começando a escrever durante uma viagem e não estou com inspiração pra uma hahaha, eu já escrevi algumas fics entre o Felipe e a Samanta, mas me deu um estalo, abandonei minha conta antiga e comecei...