Cap 5- mentira ou omissão?

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💭Felipe on💭

Eu acordei bem cedo já com médicos invadindo o quarto, passei o mão no rosto pra aliviar um pouco meu rosto de quem não havia dormido nada durante a noite, passei a maior parte da madrugada pensando sobre o que eu diria a Vi hoje na netolab, droga pq diabos ela havia me visto aqui? Pq ela me seguiu? O que eu diria a ela por estar aqui? ela havia visto a Samanta? A quanto tempo ela estava me seguindo? Será que ela viu o Davi na UTI neonatal? Eu tinha tantas perguntas, mas não podia perguntar sem parecer no mínimo suspeito, me levantei da poltrona, fui ao banheiro, joguei uma água no rosto e fiz minhas higienes pessoais, saindo logo em seguida, estavam fazendo alguns exames com a Samanta, então aproveitei para ir até a UTI ver o Davi, entrei no quarto o vendo dormir na incubadora, ele já havia feito a cirurgia e tinham fechado ele, passei meu indicador em seu bracinho avermelhado e frágil, ao chegar em sua mão, o mesmo segurou meu dedo com aquela mãozinha tão pequena que mal conseguia fechar em volta do meu indicador, eu lutava contra a sensação de me apagar a ele, pois sabia que as chances dele sobreviver são pequenas, mas com ele segurando meu dedo, não aguentei, me derreti todo de felicidade, eu sei que eu não sou o pai desse menino, mas eu quero estar presente em cada etapa de sua vida, ele já tinha nascido a 6 semanas e estava forte, crescendo e ficando mais saudável, por mais que eu quisesse, eu não conseguia não amar essa criança, essa criança tão pequena e indefesa, ao qual provavelmente nem a mãe sabia que o estava esperando, ele foi uma surpresa pra todos nós, mas mesmo assim, eu não pude evitar, já amava a essa criança mais do que a mim mesmo, mas como nem tudo são flores, chegou o momento de eu ir até a netolab e conversar com a Vi, porra pq ela tinha que me seguir até aqui na noite anterior? Todos os pensamentos se esvaíram da minha cabeça, quando ao olhar no rostinho do Davi, o vi com os abertos, sorrindo pra mim, fiquei perdido no tempo, o que na minha cabeça foram 30 segundos, haviam se passado 2 horas que eu o estava olhando e ele me olhando de volta, até que alguém me tirou do transe, colocando a mão em meu ombro, olhei em direção a pessoa.

-Dra. Arizona: bom dia papai, está tudo bem? Você já está encarando o filhote a mais de duas horas.

-Felipe: bom dia Arizona, tá sim, é que ele estava com os olhinhos abertos, olhando pra mim e sorriu ao me ver, nem vi o tempo passar.

-Dra. Arizona: ele é um menino muito forte, o Davi é guerreiro, está lutando pela própria vida e está vencendo.

-Felipe: você acha que ele consegue sair dessa?

-Dra. Arizona: claro que vai, ele é muito forte e está se recuperando bem, se continuar assim em algumas semanas já pode levar ele pra casa- levar ele pra casa? Mas aonde era a casa dele? Seria a minha casa? Se for eu tenho que montar um quarto de bebê pra ontem, fiquei conversando um tempo com a Arizona, então sai do hospital, fui até uma loja de recém nascidos e comprei o quarto todo do Davi, mandei instalarem um papel de parede no quarto pra ele e avisei a Iara de que iriam hoje, ela era a única pessoa a quem eu tinha contado sobre o Davi, saindo da loja fui direto até a netolab, fui até minha sala e me sentei na cadeira, não levou nem 15 minutos que eu havia chegado e a Vi veio até minha sala.

-Vi: bom dia chefinho, acho que está me devendo uma conversa- fiz sinal para que ela se sentasse.

-Felipe: primeiramente, quem te deu permissão pra me seguir?

-Vi: não preciso de permissão para ir até o hospital e já tinha acabado meu expediente.

-Felipe: minha vida pessoal só diz respeito a mim mesmo, entendeu? Eu não quero que fiquem de conversinhas pelos cantos falando sobre mim.

-Vi: tá bom, mas você é uma imagem pública, não existe isso de privacidade! Agora me fala, quem é o bebê que você estava olhando? E a morena no quarto ao qual estava o número no pé do bebê? A ruiva é a mãe do bebê?

-Felipe: o bebê é o Davi, ele nasceu prematuro de 26 semanas e está lutando pela vida, a mulher morena no quarto é a mãe do bebê, ela está em coma desde que o Davi nasceu, a ruiva é obstetra e pediatra, só isso que eu vou te falar, mas essa conversa morre aqui, você não vai falar nada disso pra ninguém?

-Vi: então o Davi é seu filho? Quem é a morena?

-Felipe: não é da sua conta, para de ser encherida, o que te falei foi mais do que você merecia por ter me seguido, ao invés de simplesmente perguntar o que estava acontecendo.

-Vi: você não ia falar, ia inventar uma história qualquer.

-Felipe: não tem como você saber disso Viviane.

-Vi: tá mas então cadê a Samanta? Pq ela ainda não apareceu? Pq ela não está respondendo mensagens ou atendendo o celular? Eu tô com saudades da minha melhor amiga, me fala alguma coisa.

-Felipe: a Samanta quis tirar uns meses sabáticos, ela se isolou e não levou o celular, ela quer ficar sozinha e pensar sobre a vida um tempo, entendeu? De esse tempo a ela, quando ela estiver bem, ela vai acordar.

-Vi: acordar? Como assim acordar?- droga falei besteira.

-Felipe: eu quis dizer voltar, ela vai voltar a cidade- por fim a Vi se deu por vencida e saiu da sala, voltando ao trabalho, aí Samanta, pq você não acorda logo?

[Q.D.T.]

Os dias foram se passando e nisso já tinham 3 meses que o Davi avia nascido, o quarto dele estava pronto e ele já tinha roupas suficientes até seus primeiros 5 anos de vida, talvez eu tenha me empolgado, mas só talvez, finalmente chegou o dia de ele ir pra casa comigo, levei até a maternidade um kit com uma roupinha rn, fraldas pp, meias, luvas, toca e um cobertor pois o vento estava gélido como neve, as enfermeiras vestiram o Davi pra mim e me entregaram ele já com a coberta, só com seu rostinho de fora, o levei até o quarto da Samanta.

-Felipe: oi Sam, esse aqui é o Davi- disse mostrando ele- e Davi, essa é sua mamãe- deixei uma lágrima escorrer, a Samanta era mãe de um menino lindo e nem sabia disso ainda, sai do hospital, coloquei Davi na cadeirinha de bebê no carro e fomos pra casa, chegando lá, Iara veio correndo para ver o Davi, ela o pegou no colo e o levou pra o quarto dele e que quarto lindo.

-Felipe: oi Sam, esse aqui é o Davi- disse mostrando ele- e Davi, essa é sua mamãe- deixei uma lágrima escorrer, a Samanta era mãe de um menino lindo e nem sabia disso ainda, sai do hospital, coloquei Davi na cadeirinha de bebê no carro e fomos pr...

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Iara quem havia decorado, eu só comprei os móveis, como Davi estava dormindo, ela o colocou no berço e ligou a babá eletrônica.

[Q.D.T.]

Os dias foram virando semanas, que viraram meses e com o tempo, se tornaram anos, Davi já estava com 3 anos, já ia a creche e tudo, todos já sabiam dele e pensavam que ele era meu filho, o mesmo me chamava de papai, ele era a alegria dos meus dias, todos os dias pela manhã, eu o levava até o hospital para ver a Samanta, ficávamos lá por cerca de 2 horas, ela ainda estava em coma, mas mesmo assim eu queria que Davi soubesse que tem uma mãe, certo dia, depois de pegar Davi na creche, o levei até o shopping pra ele brincar um pouco, quando meu celular começou a tocar.

📲 Alô?

📱 Oi Felipe? Aqui é hospital, precisamos que venha pra cá agora.

Eu nem respondi, desliguei o celular, peguei o Davi e fui correndo pro hospital, a voz assustado da enfermeira me deixou aflito, cheguei o mais rápido que pude, uma pediatra pegou Davi do meu colo e o levou pra uma sala de exames, enquanto uma enfermeira me chamou e saiu correndo, eu corri atrás dela, paramos em frente ao quarto da Samanta e a enfermagem com o olhar assustado pra mim, abriu a porta em seguida.

*Continua*

O que vocês acham que aconteceu? A Sam está bem? Aí vai de vocês, bjs até o próximo capítulo.

Não se esqueçam de apertar na estrelinha.

Femanta: amor ou amizades?Onde histórias criam vida. Descubra agora