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╰────870 palavras

Noah entra como um garoto de oito anos numa loja de brinquedos, até Scarlet acabar com sua diversão com um tapa na mão.

⎯⎯ Não mexe em nada! ⎯⎯ Devolve os papéis ao varal.

⎯⎯ É uma armadilha Boca de Crocodilo? Por que ainda não tá rica? ⎯⎯ impressiona-se ele.

⎯⎯ Os debs vão todos pra Ordem. Segura esses livros.

⎯⎯ Mas... Opa! Tá seguro. Isso parece errado... Beleza, ela sumiu.

Noah olha em volta. A estante de livros que ela estava esvaziando jaz no mesmo lugar. Seu conteúdo, nos braços do homem. Subitamente, a estante se move para o lado, revelando uma mulher ruiva de macacão.

⎯⎯ Talvez. ⎯⎯ Indica que ele entre no corredor secreto também. ⎯⎯ Mas é assim que o mundo é. O que você falou lá na praia me fez lembrar de uma coisa.

Scarlet aciona o interruptor e o grande espaço se torna visível. O cômodo secreto de teto de concreto abriga mesas metálicas, armários móveis, holofotes terrestres, braços mecânicos e uma seção delimitada por uma fita amarela e preta, como uma área de testes. Uma oficina escondida.

⎯⎯ Que pra vencer o mundo, tem que jogar o jogo dele. ⎯⎯ Termina a ruiva, dirigindo-se até o cofre.

⎯⎯ O que é isso? ⎯⎯ indaga o lutador, quando ela lhe entrega um rolo de papel.

⎯⎯ Uma armadura. Quer dizer, vai ser uma. Só precisa de uns ajustes e materiais.

⎯⎯ Isso é uma armadura mesmo. ⎯⎯ Noah assobia para aqueles desenhos. ⎯⎯ Posso conseguir os materiais que precisar. Nem, tá de boa. Quem tá no fundo do poço só tem como ir pra cima!

Scarlet ri. A inocência dele não é tão irritante assim.

⎯⎯ Então fechamos assim: ⎯⎯ Estende a mão para o homem. ⎯⎯ Me ajuda a construir, e eu te ajudo a vencer. Cada um fica com metade do prêmio e as próprias gargantas.

Um novo brilho agora se vê no rosto de Noah. Segura a mão da sócia com firmeza e uma onda de choque percorre o corpo dos dois.

⎯⎯ Os treinos começam às sete. E não vai pensando que vou pegar leve.

¤♡¤

Com uma mão Noah puxa a de Scarlet e gira os quadris, lançando a mulher no chão de borracha do tatame com um baque e o mesmo grunhido frustrado que ela andou dando desde que chegou às seis e meia da manhã. Depois de uma hora de treino em combate, ela parece prestes a vomitar.

⎯⎯ Pausa. ⎯⎯ pede, esparramando-se no tatame e encarando o teto da academia. Seus músculos queimam. ⎯⎯ Como aprendeu a lutar assim em tão pouco tempo?

⎯⎯ Disse que entrei pra Guilda a pouco tempo. ⎯⎯ Noah estende a mão enfaixada para a garota. ⎯⎯ Mas meu pai sempre quis garantir que o filho sairia vitorioso de uma briga.

A mulher aceita uma garrafa de água, que imediatamente joga na cabeça.

⎯⎯ Mas... ainda tá machucado da luta com o Teech, e nem consegui encostar em você. ⎯⎯ argumenta.

⎯⎯ Nem, o tratamento médico da Guilda é de última geração, não importa onde seja. ⎯⎯ Por vários segundos o lutador não consegue tirar os olhos dela. Seu cérebro espera as gotas descerem pela pele lisa e cabelos sedosos da ruiva para lembrar sobre o que está falando. ⎯⎯ Prefere a gente saudável.

⎯⎯ Mesmo assim, não explica o porquê de querer entrar pra Guilda. A maioria dos lutadores são herdeiros, esses privilegiados.

⎯⎯ Ei, nem todos nós somos assim.

⎯⎯ Você... é um herdeiro? Qual a sua herança?

⎯⎯ Deixa pra lá.

⎯⎯ Por favorzinho!

⎯⎯ Ela... não serve pra essas coisas. E tenho que sangrar primeiro. Agora esquece isso e bora voltar pro treino.

Scarlet se joga de volta no tatame sobre as pernas cruzadas, frustrada com a própria falta de habilidade e a distância cada vez maior do prêmio. Ou, quem sabe, essa distância já existisse, e só agora ela está começando a perceber.

¤♡¤

Descruzando as pernas, Scarlet leva a mão para cima, a palma aberta. Pede uma chave fixa. Recebe uma chave de fenda. Suspira. Noah esteve tentando ajudá-la na oficina há pelo menos uma hora, e ainda comete o mesmo engano. Mais uma vez, ele dá um sorriso sem graça e entrega a ferramenta que ela lhe aponta.

⎯⎯ Mas e você? Esse jeito com as máquinas? ⎯⎯ indaga.

⎯⎯ Não sei. ⎯⎯ Scarlet responde. ⎯⎯ As máquinas sempre foram bem mais simples do que as pessoas.

Como se para provar seu ponto, ela dá uma batidinha no topo do dispositivo e esse se desmonta de uma vez só.

⎯⎯ Do que tá rindo? ⎯⎯ A mulher pergunta.

⎯⎯ Você disse que eu errei várias vezes na luta com o Teech. ⎯⎯ comenta o lutador.

⎯⎯ Não foram tantos assim. É o nível dos seus erros que foi o problema. Parece até que você não leu a ficha dele.

⎯⎯ Não dá pra tirar muito daquilo. Só diz coisas confusas sobre a herança dele e em como as escamas ficam mais duras quando mais íntimo for o contato dele com a água.

¤♡¤

Noah devolve à sacola o pedaço de metal que caiu aos seus pés. Chegou de um encontro com um fornecedor e encontrou uma sonolenta Scarlet à sua espera. Não parece ter comido desde a noite anterior. Tentando não demonstrar toda a preocupação que sente, oferece um sanduíche antes de partirem para mais uma sessão de massacre, como a ruiva começou a chamar. Mas os problemas ficam fora do tatame.

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𝙱𝚊𝚝𝚒𝚍𝚊𝚜 𝚍𝚊 𝙼á𝚚𝚞𝚒𝚗𝚊 𝙴𝚜𝚌𝚊𝚛𝚕𝚊𝚝𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora