CAPÍTULO XXXV - FINAL

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Boa leitura amores 💐🌻💐🌻💐🌻





No galpão, Ana Amélia ria como uma completa desequilibrada, e João assustou tanto com seu jeito, tanto com suas palavras, e pior ainda com o tiro que ela disparou para cima

- Vosmecê só pode ter ficado completamente louca, papai morreu pela doença não pela minha mão.

- Eu contei tudo ao nosso pai, mas absolutamente tudo, sobre Vosmecê e aquele escravo maldito. Eu vi ele caindo de desgosto do filho amado

- Vosmecê viu nosso pai morrer e não fez nada pra impedir?

- E porque eu impediria? Ele nunca se importou comigo, nunca me deu aquilo que eu mais precisei

- ASSASSINA!! COMO PODE? COMO CONSEGUE DORMIR, SABENDO DO QUE FEZ?

- EU NÃO FIZ NADA!! Foi um acidente, mas foi muito bem feito, mereceu morrer, ao menos eu tirei a imagem de filho perfeito que ele tinha em vosmecê. Nosso pai morreu te odiando, finalmente eu consegui ver ódio no olhar dele, quando se refere a vosmecê - Ana Amélia mentiu deliberadamente, para causar mais desilusão em João

- Quando foi que Vosmecê se tornou esse monstro Ana Amélia? - Seu irmão perguntou sem entender

- Foram vosmecês, eu culpo vosmecês por eu ser quem eu sou. Acha que é fácil se sentir rejeitada a vida toda? Ver carinhos para seu irmão, e sentir relés migalha para si? - Ana Amélia desabafava como uma louca, balançando a arma, fazendo João ficar com medo

- Vosmecê sabe que não é verdade, sempre foi bem cuidada, bem tratada, sempre foi tratado com amor, mas sempre fez questão de nos repelir, de afastar todo mundo que se preocupava com Vosmecê...

- MENTIRA!!! Vosmecê roubou tudo que devia ser meu, o amor dos nossos pais, o amor do meu marido, o respeito dos escravos. - ela apontou a arma pra ele tremendo

- Ana Amélia! Não faça algo que vai se arrepender, Vosmecê não é essa pessoa ruim que se mostra. Vosmecê repelir os escravos eu entendo, foi ensinada assim, mas o que tá fazendo agora, Vosmecê não foi ensinada, isso não é vosmecê! - Enquanto fazia ela refletir, tentava se soltar afrouxando a corda em seus pulsos



No meio da estrada Tito, estava ajudando os escravos a chegaram onde haviam irmãos de quilombos, eles recolheram as mulheres e as crianças, e levou todos, menos Bento

- Porque não vai com todos?

- Preciso trazer mais irmão

- Ieu posso fazer isso e...

- Ieu já disse que vou junto - Os dois se encararam novamente, a petulância dos dois frente a frente

- Então vamos, marrento! - os dois subiram no cavalo e voltou pra fazenda atrás de outros escravos


No gabinete, Arthur revirava tudo, com ódio

- Aquela desgraçada levou minha arma!!

- ela vai matar o João!!! - Silas gritou assustado

- só por cima do meu cadáver! Brandão!!!! - Arthur gritou, e o capataz que levou João, apareceu rapidamente

- O que houve? - Perguntou ele

- Para onde levou o João?

- Pro galpão como o sinhô mandou - Arthur havia até esquecido esse detalhe

- E quem estava lá?

- A sinhá vossa esposa!

- Carregava uma arma? - Perguntou aflito

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