CAPÍTULO IX

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Boa leitura 💙💙💙

Álvaro sem pensar duas vezes, acertou um soco em seu filho.

- Sua coisa! Como vosmecê pode dizer uma coisa dessa? - seu pai falava irritado.

- Eu digo porque é a verdade meu pai, eu amo João Phélix, desde a primeira vez que o vi. E o senhor sempre soube, só não queria admitir.

- Mas isso é inconcebível! Vosmecês são homens.. - Álvaro parou de falar, e pensou em algo - espere um pouco, João Phélix também compacta com essa coisa, ele também nutre sentimentos por vosmecê?

- Sim! Eu e João nós nos amamos, e se o senhor quer saber, nós já fomos um do outro - mentiu. Seu pai com tanta raiva, lhe deu um tapa tão forte, que ele caiu no chão.

- Eu tenho vergonha de vosmecê! Vosmecê esqueça que foi meu filho, e saia dessa casa! - decretou seu pai. Arthur começou a rir muito - Do que está rindo?

- Vosmecê é patético meu pai! Eu não sairei dessa casa. E acho bom acostumar que João virá morar aqui.

- Só por cima do meu cadáver!

- Não seja por isso! - E em um movimento rápido, Arthur puxa o tapete em que seu pai está em cima, e Álvaro cai para trás, batendo a cabeça na quina da estante de bebidas. Caindo desacordado e com sangue na lateral de sua cabeça.

Arthur parece voltar a seus sentidos, e olha para seu pai desacordado, e checa o pulso dele, e fica um pouco aliviado ao constatar que ele ainda tem pulso. Carmona chega na sala e se assusta ao ver Álvaro no chão.

- Minha nossa senhora! O que assucedeu com o sinhô Arvaro?

- Ele bebeu demais e acabou caindo, chame o doutor! - Arthur deu uma desculpa esfarrapada, e Carmona foi chamar o doutor - os dois, ajudem a levar meu pai para a cama - chamou 2 escravos e assim eles levaram Álvaro para o quarto, e Arthur ficou na sala, pensando no que ia fazer.

Fazenda Belo Vale...

Quarto de Ana Amélia...

- Tem certeza que já está melhor minha filha? - o Coronel pergunta a Ana, que estava sentada na cama tomando água .

- Tenho sim meu pai! Deve ter sido o calor, eu preciso de um banho e trocar minha roupa.

- Mandei chamar o Dr. Pedroso, mas ele estava atendendo um paciente, e disse que está muito atarefado, então mandou que Ana Amélia descanse bem, e se alimente. - Falou Ophélia entrando no quarto.

- Fome, eu não tenho minha mãe, mas realmente preciso de um bom descanso. - ao terminar de falar, Temima aparece no quarto - Temima, que bom que chegou, preciso que prepare um banho - Temima olhou com raiva para Ana Amélia, mas foi aprontar o banho, só que Ophélia reparou que a mão dela estava enfaixada.

- O que aconteceu com a mão de Temima?

- Provavelmente, ela deve ter caído arranhado a mão, ou machucado o pulso, algo assim. - Ana Amélia falou sem dar muita importância.

- Não é não. Já vi muitas vezes escravos dessa forma, tenho certeza que isso foi resultado de uma palmatória. - falou o Coronel

- Que horror!! Acredito que isso já seja um abuso, para quê essa necessidade? - Ophélia comenta espantada

- Não exagere minha mãe, os escravos tem que aprender seu lugar, e a palmatória é uma das formas de mostrar a quem eles devem respeitar.

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