coroação da rainha

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Já aviam se passado alguns meses após o encontro da minha mãe. Ela estava bem, no entanto. Minha coroação como rainha estava perto. Mas não sabia se seria realmente rainha. Minha mãe estava de volta. A verdadeira rainha de Esmeraldas.

Me encontrava sentada no trono, com as pernas cruzadas, colunas eretas e um vestido longo branco com missangas e glitter por toda parte. As camadas imensas cobrindo meus pés e pernas.
Meu cabelo estava em um pequeno lado amarrado com mechas soltas. Minha coroa permanecia sob minha cabeça sempre.
Eu estava resolvendo o desaparecimento de Emma. Ela avia desaparecido após minha chegada. Ela iria pagar por tentar matar minha mãe.

-Nada, vossa magestade. Nenhum rastro ou pistas. - Um dos guardas reais me informava sobre o paradeiro de Emma.

-Certo, continue procurando-a e me informe de tudo. - Ele se curvou e voltou a seus aposentos.

Minhas mãos que estavam sob os braços do trono, que logo após as notícias sobre Emma foram em direção a minha testa. Um suspiro saiu levemente da minha boca, voltando logo em seguida.

Sinto uma mão nos meus ombros delicadamente. Era minha mãe.

-Voce é uma ótima rainha, filha. Melhor do que já tentei ser. - Um sorriso leve se estendeu em seu rosto.

-Obrigada. Esse posto não é meu, mãe. Esse lugar é seu. Sempre foi. Eu apenas tomei-o após a morte do meu pai. - me levantei.

Apontei o trono com meus braços olhando para ela.

-Filha, entenda que eu nunca fui uma rainha de verdade. Se é que consegue se lembrar, eu nunca tive uma coroação. E entre nós duas, você é a melhor escolha para ser rainha de Esmeraldas. No mínimo, poderia ser comandante. - ele me deu um sorriso.

-Como desejar, comandante Marah Timberg. - ergui as sombrancelhas.

***

Andava pelo castelo já noite. Nada de importante avia acontecido após a conversa com minha mãe.
Passava pelo quarto de Edric e escuto outra vez os murmúrios. Ele com certeza não sabe o que é "fazer barulho".
Me aproximei lentamente até a porta e o observei para ver até quando ele iria me ver.

-E se... E se me matarem? Ou pior, ela me matar? Merda, merda.... - ele afundava a cara no travesseiro.

-Xingando outra vez, Edric? - ele se assustou.

-A quanto tempo tá aí?

-Acabei de chegar. - Entrei no quarto dele. - Qual a sua maior preocupação com a morte? Toda vez que passo aqui está resmungando sobre isso. - ergui as sombrancelhas.

Ele olhou para os lados e fechou a porta.

-Jura que não vai contar pra ninguém? - ele me deu uma encarada, como se fosse uma criança pedindo doce.

-Diga.

-Eu tenho medo da morte.

Eu fiz careta.

-Por que você teria medo da morte? - perguntei.

-Pra você é fácil falar, né! Você é imortal. - ele já não estava mais com aquele olhar de uma criança.

Me levantei e fui logo até a porta. Me esgueirei ali mesmo e antes de sair do quarto me viro.

-Desculpe.

Emfim CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora