alguém indesejável?

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Estava em meu quarto no canto da parede.
Me encontrava com o olhar de cansaço de tanto chorar. Chorei a noite toda e não sai do lugar. Não permiti que ninguém entrasse em meu quarto, gostaria de estar sozinha.
Morto.
Tudo que se passava em minha cabeça.
Morto.

Já era dia e escuto 3 batidas na porta. Era Emma.
Ela abriu a porta devagar e me viu sentada no canto do quarto.

-Lilith? Oh meu Deus... Você está bem?
Nao, não estou.

-Venha, se sente. - ela me ajudou a levantar. - vou pegar uma xícara de chá! Se sentirá melhor princesa, lhe prometo.

Ela saiu do quarto e voltou rapidamente.

-Vamos tomar um banho, venha. - ela parecia preucupada.

Emma me levou até a banheira e esquentou a água, tirei minhas vestes e me sentei lá. Emma me deu banho e lavou meu cabelo.

Depois disso ela me deu uma camisola. Coloquei e ela me pediu para que eu dormisse um pouco. Ela estava certa, não dormi nada a noite inteira.
Me deitei e logo adormeci, de pouco em pouco.

***

"Encontre-a."
"Encontre-a.."
"Encontre-a..."
"Encontre-a!"
"ENCONTRE-A!!"

"Encontre-me, filha..."

Acordo no pulo. Minha respiração estava ofegante e minhas mãos tremiam. Fui me acalmando aos poucos... Minha mão estava no meu peito e a outra em meus cabelos. Respirei fundo e tirei a coberta de minhas pernas. Me levantei e abri meu armário. Tinha alguns vestidos de cores diferentes, peguei o vestido verde que estava lá.
Ele era largo e com alguns detalhes dourados. Ele era longo e não tinha camadas. E atraz dele avia um capuz. Puis uma bota preta e deixei meu cabelo souto com 2 tranças de cada lado, também estava souto.

Eu desci as escadas e vi Emma lá em baixo conversando com um dos guardas reais. Ela me viu e arregalou os olhos.

-Lilith? Oque esta fazendo aqui? Deveria estar dormindo querida. Precisa descansar.

-Descansei demais, eu vou sair um pouco. - olhei para um dos guardas. - me de sua espada porfavor.

Ele me encarou e ergueu as sombrancelhas.

-Minha espada? Para que quer ele vossa magestade?

-Isso não é necessário saber, apenas me dê!

Ele não exitou. Desamarrou o guarda espada e me entregou.
Amarrei-o na minha cintura e sai do castelo. Subi em zoe e cavalguei até a floresta.

"Encontre-me, filha."

Isso não saía da minha cabeça.

***

Cheguei ao lago dos desejos, quando eu tinha 6 anos eu olhei para o lago e vi meu pônei que tanto queria, ele era verde e sua crina brilhava. Eu tinha 6 anos quando vim aqui pela primeira vez. E foi com meu pai.
Olhei para o lago e vi meu pai. Ele era tudo que eu queria naquele momento.

"Eu não deveria ficar aqui chorando." Pensei.
Quer saber? Vou colher amoras, eu amo amoras! Talvez até mais doque peras e sucos de maçã.
Vi um punhado de amoras ali e fui até lá. Me agachei e peguei algumas amoras e colocava em minha boca.
Até que escuto barulho de passos pesados. Como se estivesse correndo. Eram mais de uma pessoa.
Eu segurei a barra da espada e me preparei para atacar. Até que alguém esbarra em mim.

-Ai! - gritei.

Eu olhei para frente e vi um garoto? Ele me olhou e depois olhou para traz e voltou em desespero. Ele pegou no meu pulso e me puxou.

-Vem! - ele susurrou.

Ele me levou para dentro de um arbusto e tampou minha boca e segurou meus braços.
Ele estava ofegante e cansado de correr. Os homens passaram correndo e ele se aliviou, porém segurou-me com mais força.
Tentei avisa-lo que aquilo machucava, mais sem sucesso.

-Ja vai passar, eu prometo. - ele susurrou em meu ouvido.

Eu comecei a me remexer tentando me soltar, mas sem sucesso.

Os homens voltaram e nos viram, e então vejo Alex. Eram os guardas.

-Princesa?! Solte-a agora, intruso. - Alex levantou a espada.

-Não! Vocês querem me matar, e eu não fiz nada!

-Voce é mortal! Não deveria estar aqui!

Me remexo mais e ele aperta cada vez mais minha boca, fazendo minha respiração ficar ruim. Não conseguia respirar direito e entrei em desespero.

Minha visão começou a ficar cada vez mais escura.

-Ela não consegue respirar! Soute-a!

Ele olha para mim e nota. Ele solta minha boca, deixando-me respirar.

-Alex vai ficar tudo bem, saia de perto e me espere fora da floresta.

-Mas...

-Agora! - interrompi ele.

Ele me observou e olhou o mortal. Ele acenou a cabeça e subiu no cavalo, subiram a montanha e desapareceram da minha vista.

-Desculpa... Não queria te machucar. - o mortal disse.

-Me soltar é um bom começo. - o encaro.

-Ah, claro! Desculpe...

Ele me soltou e pude sentir meus braços novamente.
O observo melhor e percebo seus olhos escuros e cabelos negros. As vestes sujas e os pés descalços.

-Qual o seu nome? - pergunto com os meus olhos nele e o sol batendo no meu rosto.

-Edric. E o seu?

-Lilith. Princesa Lilith.

Ele ergueu as sombrancelhas.

-Princesa? Essa é boa. Já não basta orelhas pontudas, agora realeza. Contra outra, não me convenceu.

-Se observar bem, eu tenho chifres, orelhas pontudas... Mas se não acreditar, posso te lançar um feitiço para que se afogue no lago. - ergui as sombrancelhas.

Já ele, arregalou os olhos.

-Certo, acredito em você. Mas aqueles homens querem arrancar minha cabeça! Já que é a princesa, poderia faze-los parar.

-Farei-os parar se eu quiser. Enquanto isso, você ficara comigo ate lá.

-Como desejar, vossa magestade. - ele fez uma pecima reverência.

Emfim CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora