Volta

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Acordo com o sol encomodando meus olhos, mesmo fechados. O quente do sol no meu olho fazia-me relaxar, mesmo tendo dormido a noite toda.
Me levanto e é notável que o quarto estava bagunçado, e a cama estava do mesmo jeito que eu deixei noite passada.
Me levanto e abro o armário vendo vestidos coloridos. Azul, vermelho, amarelo... porém escolhi o verde.
Ele era curto. As mangas longas com um elástico que era possível por as mangas de qualquer forma. A saia era curta que chegava até um pouco abaixo da popa da bunda.
As botas tradicionais com a agada escondida e os cabelos amarrados em um rabo de cavalo com mechas soltas.
Minha coroa como sempre na minha cabeça.
Desço as escadas e é possível ver Edric na ponta da escada. Ele parecia ansioso e um pouco desesperado.
Ele fazia sinais com as mãos indicando que eu devesse descer correndo.

-Vamos logo! É urgente! - suas mãos estavam tão agitadas quando as árvores quando há neve.

-Calma, o que ouve?

Ele agarrou meu pulso e me guiou correndo até o quarto da minha mãe. Ou seja, o quarto do meu pai.
Eu nunca mais avia entrado naquele quarto.

Abrindo a  porta é possível ver minha mãe com uma camisola branca meio suja de sangue. Sua pele estava pálida e a barriga um pouco inchada.

-Como ela estar? - solto a mão de Edric e me aproximo de Marah.

-Ela não responde a nada, magestade. A pele está ficando ainda mais fria e... - ele fez uma pausa.

Eu ergui as sombrancelhas sem entender. O olhava esperando pela continuação da frase.

-Talvez ela não sobreviva. - meu coração dói.

Nenhuma pessoa que eu amava poderia ir embora assim. Não outra vez. 

-Pois então certifique-se de que ela saia desse quarto nem que seja rastejando pelo corredores. Caso ao contrário me certificarei que não sentirá mais o ar pelas veias

Ele assentiu e sai do quarto com os olhos marejados de ódio e fúria. Talvez tristeza misturado em toda essa raiva. Porém não importava.
Edric veio atrás de mim e segurou minha mão por trás, fazendo me assustar.

-Eu preciso ver a Emma. Vai querer ver a cena? - dei um sorriso maroto.

-Talvez os gritos de dor dela já é o suficiente. - ele retribuiu um sorriso. A diferença era que seu sorriso era doce.

***

-Vamos! Não tenho o dia todo. - gritava enquanto os guardas lutavam para conseguir empurrar Emma até a sala do trono.

Ela finalmente entrou com muita luta na sala e pude ver seu rosto totalmente desesperado.
Ela gritava que não queria e que não queria diversas vezes.

-Bom, Emma, eu te dei uma escolha. Você que escolheu as sapatilhas. - um sorriso se estendeu no meu rosto. Mesmo com os punhos apoiando minha cabeça.

-E-Eu... - Ela lacrimejava. - Eu escolho m-morrer!

Isso.
Meu sorriso se estendeu ainda mais no rosto ao conseguir o que eu queria. Finalmente poderia me vingar de tudo que ela fez. Tudo.

Me levanto do trono e vou até ela. Que estava com os punhos cerrados pela armadura dos guardas a segurando.

Levanto sua cabeça levemente com o indicador e o dedo do meio.

-Vamos lá. 

Me afasto e levanto as mãos inclinando meu rosto para trás.
"Purpurinas" roxa aparece entre minhas mãos e meus olhos verdes ficaram cinzas.

Era com certeza possível ver o desespero em seu rosto.

Os guardas a soltam e ela poderia fugir a qualquer momento. Não. Na verdade não.
Minha coroa que estava sob minha cabeça flutuava.

-Gostariam de um banquete? - me direcionava aos guardas.

Então um pedaço de seu braço é trancado e gritos de dor é escutado. Edric com certeza escutaria do quarto do rei.
E então suas pernas foram arrancadas.

-Ainda tem algo melhor, Emma. - meu sorriso se estendia como um demônio.

Sinto a mão no meu rosto outra vez, e lábios  quentes perto de meus ouvidos.
"vai." E então uma lâmina foi criada e cortado sua cabeça fora. E a mão no meu rosto desaparece.

Meus olhos voltam ao cor verde e minha respiração ofegou.

Olho a quantidade de sangue no salão e os membros jogados.

-Limpem tudo.

Eu saí da sala e fui em direção a o quarto da minha mãe.
Porém é possível escutar murmúrios vindo dos lados. Porém... Não há ninguém nos corredores.

Os murmúrios ficavam cada vez mais alto como se estivesse vindo até mim.
Ficava alto, alto demais para meus ouvidos. Os ouvidos tampados não resolveram. Minha respiração ofegava pelo pânico e os olhos fechados mas ainda marejados. Era como se estivesse um mundo nos meus ouvidos. Até que sinto alguém tocando nas minhas mãos e quase arranco a cabeça  da pessoa. Mas era Edric, outra vez. Isso está me irritando.

-Ta fazendo o que a qui?! - dei um tapa na sua mão.

-Calma, eu estava apenas te ajudando.

-Ajudando? Sério? Toda vez que algo acontece você está sempre lá, sempre! Talvez você seja o problema! - após dizer sinto o peso das palavras segundos depois.

Ele me olha com tristeza e surpresa ao mesmo tempo.

-Edric, eu... - tentei chegar perto.

-Nao. - sua voz foi firme o suficiente para que me fizesse parar. - Eu sou o problema, lilith. Você quer saber? Aí vai! - ele fez uma pausa. - meu pai é o rei Aleandro. Meu dever a qui era te matar, ou seja, matar a marah porque ele foi burro o suficiente de achar que você era a marah. E minha mãe é uma humana, não faço ideia de quem seja, mas ela é. Eu nunca quiz fazer nada disso. Eu só queria a aprovação dele como filho.

Eu fiquei em choque por um tempo. Mas segundos depois a raiva me consumiu e meus olhos expressavam raiva. Os olhos verdes se transformaram em roxo. Eu estava prestes a mata-lo até sentir aqueles murmúrios outra vez, como uma fecha nos ouvidos.
Resmungava como um lobo faminto.

-Lilith!

-Nao! Sai de perto de mim antes que eu te mate! - bati na sua mão outra vez.

-Eu não vou te deixar. Olha pra mim.

Com bastante excitação eu olho para ele. Os olhos marejados, roxos e ardentes.
Os murmúrios sumiram e entendi tudo.

-Ele voltou.

-quem voltou?

-Rei Aleandro. 

Emfim CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora