Capítulo IV

23 6 49
                                    

" Imaginar é criar sonhos que você quer que se realize, já sonhar é fazer a imaginação se realizar. "

. . .

- Chegamos. - Disse Henry, olhando para a pequena escola.

A escola não parecia ter mais do que 10 anos também, era bem cuidada e conservada. Em frente ao portão havia uma aglomeração de crianças, algumas com seu pais e outras sozinhas, pareciam estarem perdidas em meio a tantas crianças. " Não sei se dá tempo para esperar, já estou bem atrasado," pensou Henry olhando para o seu relógio pela décima vez.

- Olha, pai! - Exclamou Beth empolgada, dando um salto no banco apontando o dedo no meio da multidão de crianças.

Henry olhou para onde Beth estava apontando. Lá estava, as suas duas melhores amigas, acompanhadas com os seus pais.

- Ótimo. - Disse Henry a si mesmo e olhou para Beth. - Você vai esperar o sinal da escola tocar junto com elas, tá?

- Sim. - Beth abraçou Henry. - Tchau papai.

- Tchau minha rosa, toma cuidado.

Beth assentiu e saiu do carro, correndo em direção às amigas. Ao chegar a elas, todas fizeram um abraço coletivo, feliz, Henry saiu com o carro.

Antes de se afastar da escola, Henry acabou avistando no canto da calçada uma menina, em pé, com olhar diretamente para Henry. A sua idade era semelhante com a de Beth, e estava usando o uniforme da escola. Em algumas partes do uniforme havia manchas vermelhas, uma cá e outra lá .

Henry engoliu em seco e sentiu o seu corpo ter um calafrio.

Desviou o seu olhar para ela e se recompôs.

. . .

Avistou Henry as pequenas letras de um pequeno prédio, estava escrito Departamento de Polícia.

- Departamento de pouca polícia, isso sim. - Ironizou Henry.

Manobrou o carro e estacionou. No mesmo instante que Henry saiu do carro, surgiram dois policiais saindo com pressa do departamento. Em seguida entrou na viatura, saiu em uma arrancada e o carro saiu aos gritos. Com certeza daria medo em qualquer pessoa que estivesse por perto daquela viatura.

Henry seguiu andando até a entrada do departamento. Quando chegou de frente a porta de vidro, foi aberta antes mesmo de Henry abrir, saindo uma mulher às pressas. Não deu tempo para ver quem era, aconteceu tudo muito rápido, a única coisa que deu tempo para ver foi os seus olhos cinza.

Henry olhou para trás e viu ela entrando no seu carro e saiu com ele com a mesma arrancada da viatura que havia saído antes. "Vai ser um dia e tanto para você" lembrou Henry de Margaret.

Já dentro do departamento, viu um homem adiante encostado na parede, batendo o seu pé no chão impacientemente, e com os olhos no relógio. Estava uniformizado como agente da polícia, o brasão no seu ombro mostrava que era delegado. As suas feições no seu rosto dava para perceber que era alguém de idade um pouco avançada.

O delegado sentiu a presença de Henry e levantou a sua cabeça. Olhou diretamente para ele com os seus olhos azuis penetrantes.

- Henry! - Exclamou o delegado, desapontado. - Onde diabos estava?

Henry foi até ele sem medo, não era a primeira vez que se atrasava no trabalho, nem a terceira e nem quinta. Chegar atrasado no trabalho virou hábito.

Henry falou o de costume:

- Eu fiquei trabalhando até ontem. - bocejou sem querer enquanto falava - E acabei perdendo a noção do tempo.

Mistérios Às CegasOnde histórias criam vida. Descubra agora