Capítulo VII

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" Planejamento. Pode até ser uma palavra simples, mas não para de ser uma palavra importante."

. . .

16/04/1962 - Segunda feira - 7:00 AM.

- Silêncio pessoal! - Exclamou a professora para a sala agitada, mas não houve nenhum efeito. - SILÊNCIO! - Exclamou novamente, em plenos pulmões, dessa vez causando efeito.

A professora olhou para a porta e assinalisou para alguém, chamando-o para entrar. Com passos tímidos, entrou um garoto na classe. Os seus olhos cinzas miravam para cada detalhe e movimento na sala. Parou ao lado da professora e ela estendeu a sua mão no ombro dele.

- Dê as boas vindas ao seu novo colega, Karl. -Disse a professora, sorrindo para ele.

- Bem vindo, Karl! - Saudou a classe.

- Muito bem. - Disse a professora, satisfeita. - Pode sentar bem ali, Karl. - Apontou a professora.

Karl assentiu e foi para a carteira destinada. Ao se acomodar, Karl sentiu alguém te observando, olhou ao redor, e viu que na verdade era sala toda que estava te observando. Karl não se assustou e nem se incomodou, já havia se acostumado com esse tipo de coisa.

- Vamos lá classe, hoje estudaremos sobre alguns fundamentos sobre a matemática. - A professora começou a preencher o quadro negro com o seu giz.

Todo mundo bocejou e começou a preencher a folha do seu caderno também com os seus lápis. Relutante, Karl começou a escrever e a ouvir a professora explicando.

O sinal tocou para o recreio, todos saíram correndo para o refeitório, menos Karl, pretendendo ficar na sala por um momento. Suspirou, " não tenho escolha," Karl se levantou da cadeira. Ao se levantar, foi surpreendido por um menino que apareceu em sua frente.

- Oi, Karl. - Disse o menino com firmeza, mas excitando um pouco. - Meu nome é Henry.

. . .

02/10/1986 - Sexta feira - 7:41 AM.

Lá estava ele, encostado na parede com os olhos fixados em Henry. No seu rosto não exibia surpresa nem nada do tipo, mesmo que há mais de 10 anos que não tinha visto Henry. Karl desviou o olhar para baixo e começou a andar em direção a Hank e Henry.

- Parece que o reconhece... - Confirmou Hank. - Vou ver a cena do crime enquanto vocês... Matem as saudades.

Hank saiu do alcance de Henry e foi olhar a cena. Karl... a primeira coisa que Henry percebeu dele foi a cicatriz passando em seu olho e outra no lado direito do seu pescoço. Henry só percebeu a cicatriz em seu pescoço porque já havia visto ela uma vez, se fosse outra pessoa teria dificuldade de percebê-lá, pois estava quase oculta.

A cor dos seus olhos ficaram mais claros, deixando os olhos com um tom cinza meio prateado, com certeza não era nada comum os seus olhos.

Karl parou em frente de Henry e olhou para ele de cima para baixo. Soltou um suspiro e colocou as mãos nos bolsos de seu terno cinza.

- Henry Spencer... A quanto tempo. - Disse Karl devagar, gerando um efeito em sua voz, fria mas ao mesmo tempo amigável.

- Karl, parece que não mudou muita coisa. - Brincou Henry, oferecendo a sua mão.

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