A testemunha estava encostada na parede com as mãos nos bolsos, inquieta, parecia um pouco agitado e meio nervoso também. A sua idade não parecia ter mais do que 40 anos, a sua altura era alta. Sua barba estava a ponto de fazer, o seu cabelo liso castanho fazia cobrir um pouco os seus olhos escuros. Ele está vestindo terno, e é vermelho vinho... observou Henry, coincidência?
Henry ficou em frente dele e lançou um olhar calmo e seguro.
- Bom dia senhor. - Comprimetou Henry. - Desculpa por fazer esperar aqui nesse lugar, tive alguns contra tempo...
O homem desviou olhar para baixo e olhou para porta da saída.- Não suporto mais ficar aqui, o corpo do meu amigo está quase bem ao meu lado, e já estou cheio de tantas perguntas! - Vociferou o homem. - Principalmente dele! - O homem apontou para Karl com a sua mão esquerda. Karl acabou vendo o homem apontando o dedo para ele e no mesmo instante lançou um olhar afiado, que fez o homem se encolher.
Claro, só podia ser Karl mesmo e o seu interrogatório, pensou Henry, distraído.
- Ok. - Disse Henry, chamando a atenção do homem novamente para ele. - Vou ser bem direto e rápido com você então senhor...?
- Jones. - Completou o homem.
- Jones, certo. - Henry assumiu uma postura séria e deu mais um passo para frente, ficando mais próximo de Jones. - Tenho poucas perguntas para você, e espero que colabore, a primeira é...
- Depois de acabar com as perguntas poderei ir? - Jones o interrompeu, com certa urgência em sua voz.
Henry estreitou os olhos para ele, mas logo parou.
- Claro, claro pode. - Afirmou Henry. Logo em seguida Jones se aliviou. - Primeira pergunta Jones: Você veio para cá a pé ou de carro?
Jones pareceu meio confuso, mas logo respondeu.- A pé.
- Certo. - Prosseguiu Henry. - Segunda: Você veio sozinho?
- Sim
- Hum. - Assentiu Henry. - Terceira: Foram quantas horas quando você chegou aqui?
- Infelizmente não sei. - Disse Jones, sem se excitar.
Henry olhou de soslaio para o relógio de Jones, presente em seu pulso.
- Certo... - Henry continuou prosseguindo, dessa vez sentindo um pouco de progresso. - Quarta: Você veio visitar o seu amigo ou ele te chamou?
- Eu estava de passagem, aproveitei então para ir vê-lo.
- Você mora por perto daqui? - Questionou Henry, ansioso sem querer.
Jones pareceu incomodado com essa pergunta dessa vez.
- Não, moro em outra cidade vizinha, eu venho para aqui às vezes em quando, quando me sobra tempo... - Respondeu meio inquieto. - Falta muito ainda? Disse que seria poucas perguntas.
- Já estou acabando. - Disse Henry, sereno. - Você faz o que por aqui quando vem?
- Eu normalmente levo minhas algumas das minhas mercadorias para vender.
- O que você comercializa? - Questionou Henry, de modo direto.
- Algumas especiarias, joias, correntes, anéis. Coisas assim do tipo. - Jones já estava respondendo de jeito cansado. - Vai fazer a última pergunta agora?
Henry ficou surpreso do jeito que o homem estava agindo. Sem arrodeios, Henry deu mais um passo para frente, infringindo um pouco o espaço pessoal de Jones.
- Porque a pressa, Jones? - Interrogou Henry.
Jones deu um passo para trás, estava assustado?
- Estou com medo. - Disse amedrontado. - Só quero ir embora.
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Mistérios Às Cegas
Mystery / ThrillerMuitos casos para uma única e pequena cidade, então porque não investigar todos eles? É isso que o povo deseja mas há pouca polícia na cidade, ocupadas resolvendo outros crimes. Henry viu isso, e teve uma grande ideia: '' E si eu investigar? '' Hen...