Capítulo III

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" Uma criança, um sorriso... "

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Henry chegou na garagem, a primeira coisa que ele avistou foi Beth dentro do carro, estava a sua espera enquanto  brincanva com o seu coelho de pelúcia azul. O coelho sorria mostrando os seus dois grandes dentes no meio, ele também mostrava a sua grande capa de super herói vermelha. No entanto, havia uma coisa que ele não mostrava, deixando ele um pouco estranho: o pompom.

Beth disse que ele não tinha cauda por causa da sua espécie, que era rara e única, e também porque era um herói. O coelho de pelúcia era especial para Beth, era o seu amigo e companheiro no seu mundo fantasia, se acontecesse qualquer coisa com ele, seria um choque tremendo para ela.

Henry já sabia disso e acabou comprando outro coelho para ser o reserva, mas com certeza isso não faria com que a filha superasse a perda do outro, e a cor do coelho reserva não iria agradar ela. " Por favor coelho, aguentei mais uns anos," pensou Henry, enquanto cruzava os dedos.

- Demorou. - Resmungou Beth. - Cadê mamãe? Ela disse que ia deixar eu hoje na escola.

Henry se acomodou no assento e colocou o cinto de segurança.

- Estou atrasado, filha. - Disse Henry, enquanto colocava o cinto de segurança em Beth. - E você sabe como é o seu avô, ele dá uma bronca em mim e vai fazer eu trabalhar até mais tarde.

- Não. - Discordou Beth - Quero que chegue cedo em casa. - cruzou os braços.

Henry fez um suspiro triste. Beth é bem apegada com o pai, mas infelizmente Henry não tem tanto tempo para ficar com a sua filha. Trabalha até tarde da noite, quando larga o trabalho e chega em casa, Beth já está na cama. Com sorte, às vezes larga o trabalho mais cedo, dando tempo o suficiente para ver Elizabeth acordada e colocá-la na cama.

Já Margaret chega na hora do jantar, raramente chega um pouco mais tarde quando chega alguém que sofreu acidente bem na última hora do seu turno. Então Elizabeth não precisa se preocupar com o horário de sua mãe voltar para casa.

Henry olhou para Beth.

- Prometo que vou chegar cedo, hoje não vai ter muita coisa para resolver. - Disse Henry, confiante.

- Verdade? - Perguntou Beth, animada.

- Sim.

Veth comemorou e se jogou no lado de Henry, o abraçou, Henry retribuiu o abraço.

- Vamos lá. - Henry deu a partida do carro.

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Small Town não é pequena, mas isso não significa que a cidade é grande. A cidade é mediana, o suficiente para as pessoas se sentirem "confortáveis."

A capacidade de população na cidade é exatamente 56 mil pessoas. Mesmo que essa capacidade seja boa para uma cidade média, atualmente a população caiu drasticamente para 21 mil pessoas. Foi um choque e tanto para o governo, mas já estava ciente que isso poderia acontecer.

O motivo da queda foi justamente por causa da falta de segurança, e também por causa da falta de suprimentos e pouca ajuda para o povo (comida, água, falta de emprego, médicos e etc.)

A polícia estava recebendo bem o seu salário, só que o governo decidiu reduzir a verba. O presidente, por algum motivo, concordou com o governo e acabou fazendo o maior erro. Os policiais decidiram se mudar para outra cidade, em busca de outro departamento de polícia com um salário justo.

Com todo esse ocorrido, o nome da cidade mudou de significado. Antes era chamada de Small Town porque era a menor cidade da província, não por causa dela ser fraca.

Henry olhou para o lado direito. Viu algumas casas sendo reconstruídas e outras em reformas, um pouco mais à frente viu também edifícios que eram importantes entrando em reforma. "Já era a hora," pensou Henry, voltando a olhar para a estrada.

- Pai. - Chamou Beth.

- Sim?

- Esse parquinho... tem quantos anos? - Perguntou, apontando o seu dedo para o parque.

Henry não olhou para onde ela estava apontando o seu dedo, nem teve dúvidas em qual parquinho ela estava estava dizendo, além do mais, a cidade só tinha um parquinho. Beth estava se referindo ao querido parquinho da cidade, ficava bem no centro.

- Esse parquinho tá aí desde da fundação da cidade.

Beth ficou de boca aberta.

- Então esse parquinho tem mais de 120 anos?

- Exato. - Sorriu Henry.

Henry entendia a surpresa de Beth, o parquinho parecia ter ainda 10 anos. O parquinho em si era bem conservado, as pessoas da cidade valorizavam bastante o parquinho, é tipo uma espécie de lugar de refúgio, ficar sentado no banco, descansando lendo um jornal, refletindo ou ficar vendo o tempo passar.

A maioria leva as suas crianças para se divertirem por lá, pois é o único lugar ideal na cidade para as crianças se divertirem.

- Criança... - Disse Henry sem querer, deixando a palavra pairando no ar.

- Criança? - Indagou Beth, fazendo cara feia. - Não sou criança não! - Cruzou os braços e fez bico.

Henry entrou na história.

- Não, não é. - Concordou. Depois levou a sua mão até o rosto de Beth. - É uma rosa. - Beth não recuou da mão carinhosa, deixou tocar o seu rosto.

- Pai. - Disse Beth, olhando para ele, um tanto profundo o olhar. - Eu sou uma criança?

A voz de Beth saiu suave e inocente, mas para Henry saiu pesado, fazendo atingir o seu coração.

- Não, filha. - Henry afastou a sua mão do rosto dela. - Você é uma rosa.

Beth sorriu. Pegando o seu coelho super herói, ficou balançando ele no ar como se estivesse voando e disse:

- Sou uma rosa! - Disse Beth contente, imitando a voz do coelho.

Henry não conseguiu segurar o riso.

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