Capítulo 58 | Leonardo.

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Reta Final

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Reta Final

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Acordo sentindo o meu corpo todo dolorido, tento mexer minhas mãos atrás de mim, mas não consigo, nem os meus pés, abri os olhos, e tenho a visão das minhas coxas coberta pela calça preta, levantei a cabeça e grunhi de dor ao sentir meu pescoço doendo, ficar muito tempo com a cabeça baixa, não é muito legal. Pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade, começo a fazer uma varredura com o olhar, parece um tipo de galpão, ou uma casa em cima do galpão, não sei direito, tô muito confusa. Olho ao redor de mim mesma e vejo que estou sentada em uma cadeira de madeira, completamente desconfortável para a minha posição, não consigo fazer nada, me sinto uma inútil, imobilizada por cordas.

Fico pensando no que aconteceu algumas horas atrás ou dias atrás, nem sei que dia é hoje, ou se está de manhã, de tarde, ou de noite, aqui não tem janelas, aí fica difícil de saber. Busco na minha memória o que eu fiz para estar nesse lugar, completamente desconhecido por mim, só me lembro que estava entrando na farmácia, comprei um teste de gravidez e fiz, arregalei os olhos, eu tô grávida! Sorrio de emoção, o fruto do nosso amor cresce dentro de mim, meu e do Enzo.

Mas, depois de saber disso, quando eu saí da farmácia, fui pega, colocaram algo no meu nariz e apaguei, acordando aqui. Meu sorriso se desfaz, dando lugar a uma raiva dentro de mim. Alguém me sequestrou! E, essa pessoa vai pagar muito caro por isso, vou proteger com unhas e dentes o meu filho(a) a todo custo.

A porta de cima foi aberta, e desce a pessoa que eu já imaginava que estaria por trás disso, dou uma risada desacreditada, tinha que ser esse filho da puta.

— Você não parece surpresa! — Ele diz confuso, reviro os olhos de tédio.

— Por quê eu estaria? Sempre soube que você iria querer se vingar depois de ter o ego ferido por uma mulher que não caiu na sua lábia de conquistador barato no dia do evento! — Sorrio sarcástica, ele me olha com ódio.

— Nenhuma mulher me rejeitou! — Ele rosna, dou risada.

— Para tudo sempre tem uma primeira vez, não é mesmo? — Eu disse indiferente.

— Você não me conhece! — Sinto raiva no tom da sua voz.

— Será mesmo? — Eu desafio. — Sei tudo sobre você. — Bom, quase tudo, na verdade, eu só sei o que Cássio encontrou na internet, sobre Leonardo Ramos ter sido preso várias vezes por organização criminosa, tráfico de drogas, estupro, violência doméstica, porte de armas ilegais, e por fazer parte de uma gangue, não muito conhecida na Itália.

— Duvido muito. — Ele diz sério. — Nem deve se lembrar do meu nome. — Sussurrou, é impressão minha ou ele está triste?

— Oh, que bonitinho, tá triste! — Debocho, ele me olha como se fosse me matar.

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