capítulo 23

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A escuridão continuava a cobrir o céu e a tempestade estava com ainda mais força.
Dentro do navio, Jack já havia ordenado que todos ficassem dentro de seus quartos no primeiro andar do navio. Os demais estavam dentro da cabine, com fome, sede e sono.

- Se tivesses me ouvido não estaríamos metidos nisso. - disse Gerard sentado ao lado de Jack no chão com a cabeça apoiada nas mãos.

- Me desculpe por não ter ouvido a ti, irmão. - falou Jack sem erguer a cabeça que estava pesada, o peito estava apertado e a sensação de que tudo iria perecer rondava-o e Gerard suspirou.

Do outro lado da Cabine, Bruno estava abraçado com a esposa, assim como Cássio. Lourenço estava adormecido, assim como Luana e Bela, já Edu estava orando ao SENHOR.

- Meu Deus!! - exclamou Lourenço acordando de repente levando as mãos a cabeça.

- O que foi? - perguntou Edu assustado assim como os demais que acordaram com o grito dele.

- O Senhor Jesus me deu uma visão... - respondeu ele ofegante e sorrindo.

- O que ELE lhe falou, meu filho? - perguntou Cássio sendo contagiado pelo o ânimo do filho.

- Tenhamos bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. - respondeu ele fazendo Jack e Gerard ficarem em pé assim como os demais.

- Oh, meu Deus.... - disse Edu sorridente. - Graças damos a Ti. - ele ergueu as mãos ao céu.

- Um anjo do SENHOR, de quem eu sou e a quem nós servimos, esteve comigo, - continuou Lourenço olhando para Jack e Gerard que estavam arrepiados e sem conseguir falarem uma palavra - disse-me: Lourenço, não temas! Importa que cheguemos a ilha de Malta, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.

- Glória a Deus! - falaram Cássio e Josefina se abraçando.

- Portanto, tenhamos bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi revelado. - falou Lourenço olhando para os amigos que estavam extasiados.

- Oh, meu Deus... - disse Bela abraçando Luana que chorava e tremia.

- Se isto for verdade, - falou Gerard assutado com tudo aquilo - que assim se suceda. Pois somente a intervenção de uma divindade para sobrevivermos a está tempestade.

Bela olhou para Jack que nada pronunciou, apenas sentou se novamente e apoiando os braços nos joelhos e a cabeça na parede da cabine fechou os olhos.

Os demais sentaram se novamente em círculo e unindo as mãos oraram em agradecimento ao SENHOR.
Tudo ia ficar bem, Deus estava ali no meio daquela tempestade cuidando deles.

Mais um dia havia se passado sendo eles impelidos de uma a outra banda no mar Adriático, la pela meia-noite, suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra. E, lançando o prumo, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.

E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia. Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio e tendo já deitado o batel ao mar como que querendo lançar as âncoras na proa.

- Jack, - falou Lourenço colocando a mão no ombro dele - se estes não ficarem no navio, não poderei salva-los.

Então os tripulantes cortaram os cabos do batel e o deixaram cair.
Enquanto o dia não vinha, Lourenço exortava a todos a comerem alguma coisa.

- É hoje já o quarto dia que esperais e permanecemos sem comer, não havemos provado nada. Portanto, exorto-vos a que comemos algo, pois é para vossa saúde, porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer um de nós. - falou com confiança.

Bela, Josefina, Luana e Marília desceram a cozinha e em meio a toda bagunça pegaram os suprimentos que podiam com a ajuda de Dante e Edu e levaram ao convés e também deixaram algumas coisas nas portas das cabines aonde os demais tripulantes estavam.

Ao chegarem partiram o pão e oraram a Deus na presença de todos e partindo-os, começaram a comer. Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.

E, sendo já dia, reconheceram a terra; enxergaram a enseada que tinha uma praia e consultaram como haveriam de encalhar o navio.
Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia.

Mais um capítulo pra vocês!

Que Deus os abençoe e estamos quase chegando a Malta... O que será que está reservado para os nossos queridos lá?

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